quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

São Silvestre Pirata de Monsanto

A Pirata está a afundar-se!


Quando decidi participar na 2ª Edição da São Silvestre de Monsanto, decidi também que desta vez não ia de carro.
Vi a distância até à partida, que ronda os 7Kms e organizei-me de modo a ir e vir pelos próprios meios.
A 1ª parte da minha Pirataria, foi por isso de casa até ao ponto de partida.
Saí de casa por volta das 20:20, fiz Linda-a-Pastora, Carnaxide, Serra de Carnaxide, Alfragide, Decathlon e Parque de Campismo.
Os cálculos falharam por cerca de 12' e quando cheguei já o comboio da pirataria tinha partido.
Não fiquei muito preocupado, até porque conheço minimamente Monsanto e 12' seriam (pensava eu ...) facilmente recuperáveis.
Lá me meti ao caminho, naquela altura a um ritmo um pouco abaixo dos 6'/Km.
Em cima do 2º Km o 1º engano!
Junto à passagem sob a A5, saído da mata e um pouco desnorteado, estupidamente viro à esquerda em direcção a Pina Manique, quando sabia perfeitamente que deveria virar à direita, em direcção a Montes Claros.
Andei cerca de 300mts e apercebi-me do erro, já quase na rua de acesso aos Bombeiros. Voltei para trás e lá fui eu, agora pelo caminho correcto.
Até Montes Claros o traçado foi seguido, mais ou menos de modo correcto. Quando cheguei à Rotunda comecei a ouvir pessoal e pensei que teria alcançado o 'carro vassoura'. Estava enganado!!
Dei a volta no anfiteatro, conforme o traçado disponibilizado e aqui, entre os 4º e o 5º Kms novo engano. Quando dei por mim estava junto aos edifícios da Faculdade de Arquitectura! Tinha descido demais! Novo retorno!!
Mais volta menos volta lá voltei eu à Alameda Alfredo Keil e segui em direcção à Rotunda e ao viaduto sobre a A5. Aí sim, apanhei finalmente o Luís Parro, com funções de 'carro vassoura'. Com o Luís iam cerca de 1/2 dúzia de participantes(...). A partir dali, apercebi-me que de uma Pirataria se tratava, porque eram vários os grupos auto-formados, que por sua vez adoptavam o trajecto que melhor lhes calhava.
Eu sei que chamar à coisa uma 'Pirataria' é muito giro e fica bem.
Eu sei que fomentar a atingirem-se números perto das 2 centenas de participantes é muito interessante.
Mas depois e tal como me apercebi ontem, dada a partida, ninguém, ou quase ninguém, excepção feita ao Luís Parro, se preocupou com esses participantes, claramente incapazes de correrem 16Kms naquelas condições.
Depois, como se veio a comprovar, o chamado "convívio" resume-se à parte dos comes e bebes.
Será que é esse o objectivo desta iniciativa? Cerca de 200 pessoas juntarem-se 1 vez por ano para comerem e beberem? Parece-me que não!!
Eu sei que cada um tinha a responsabilidade de gravar ou memorizar o traçado que o Parro disponibilizou. Eu não posso culpar ninguém de me ter perdido 2 vezes e não é essa a questão.
Quando alguém escreve num tópico para irem correr para Monsanto à noite, que é muito giro, que "ninguém fica para trás" para trazerem os filhos, irmãos, esposas, etc, será que não está implicitamente a assumir alguns riscos? E se alguém se perdesse ontem, quem dava por isso? E se alguém se perdeu ontem, alguém deu por isso??
O que aconteceu ontem foi n grupos de pessoal, a correr no meio de monsanto, em possivelmente cerca de 170 trajectos diferentes!!
Bem, mas voltando ao meu trajecto. Entre os 7º e o 9º Kms nova alteração, ao traçado original, cortando distância, seguimos pela estrada para Pina Manique, quando o traçado original indicava uma entrada para o mato à direita e depois para a esquerda dessa estrada.
Chegados a Pina Manique, alguns grupos juntaram-se e mesmo com o autor do trajecto presente, logo uns se decidiram seguir por um lado e outros pelo outro.
Segui o Parro, obviamente e com ele seguimos cerca de 10.
Aqui, nesta altura e com o percurso completamente adulterado, já cada um seguia por onde queria.
Voltámos a Pina Manique e depois daí em direcção a Montes Claros. A partir daqui, seguiu-se o traçado divulgado anteriormente. Junto ao estádio, passou por nós um grupo que fazia nitidamente a sua 'prova'. Entre eles reinava a boa disposição. Passaram por nós e rapidamente desapareceram. Lá seguimos, depois daí, completamente em singular. Perdi-me do Parro e nunca mais vi a cauda do pelotão. Se até ali ia tudo disperso, a partir daquele encontro acidental, foi cada um por si, a ver quem corria mais!
Cheguei ao Parque de Campismo e comecei a última parte da minha Pirataria: o regresso a casa. E que regresso!!
Decidi aqui fazer outro caminho, que evitasse passar outra vez pela Serra de Carnaxide e estar a subir e a descer.
Por esta altura as forças estavam praticamente esgotadas e ainda faltavam cerca de 7 Kms para casa. Fui à descoberta, desta vez por baixo, junto à zona comercial (Makro, etc) em direcção a Carnaxide, pretendia eu via Outurela. Mas perdi-me novamente (...) e pouco tempo depois vi-me no meio do Bairro 18 de Maio!!
Aqui meus caros amigos, senti-me mais isolado do que há alguns minutos atrás, completamente sózinho no meio de Monsanto by night.
O ambiente era realmente pouco amistoso (...) e áquela hora havia muito movimento por ali ...
A ouvir algumas bocas, lá segui o meu caminho, que não sabia bem qual era!!
Perguntando aqui e ali, lá consegui chegar ao Hospital de Stª Cruz. A partir dali estava novamente em terrenos conhecidos e rapidamente regressei, até porque a partir daqui é sempre praticamente a descer até Linda-a-Pastora.
Por volta das 23:30 estava à porta de casa. Alguns (poucos) alongamentos, porque estava esfomeado e gelado e a aventura terminou ali.
Fiz 7Kms + 14Kms + 7Kms = 28Kms, nas 3 partes da minha Pirata!

Dificilmente participarei noutra aventura destas, pelo menos nos mesmos moldes.
Agrada-me a ideia de se piratear a iniciativa. Percebo que os 'campeões' não têm qualquer obrigação de andar em 'comboio', mas o objectivo também não é aquele que ontem ficou evidenciado. Ou seja, não me parece que os companheiros que idealizaram esta iniciativa (Parro, Peregrino, Jorge Branco), sonhassem que se tornasse naquilo que ontem se tornou, ou seja, numa série de grupos a correrem em Monsanto à noite!!
Tenho a impressão que não foi bem isto que eles idealizaram para a sua (deles) iniciativa.
Como o António Pinho ontem avançava, antes fazer um trajecto acessível a todos, do que acabar por ter muitos trajectos de acordo com os diferentes ritmos de cada um.
Eu ia nesse sentido e propunha fazer 2 ou 3 trajectos, de distância e graus de dificuldade diferentes, até porque Monsanto o permite. Arranjava 2 ou 3 participantes para cada um dos trajectos e a partir daí fomentava-se que todos andassem dentro dum desses grupos. Para os 'campeões' qualquer coisa a rondar os 30Kms, depois um 2º grupo para um trajecto intermédio, como o que foi proposto para ontem e finalmente um terceiro trajecto, mais curto, para quem não quisesse ou pudesse fazer muitos Kms.
Para alguém que ande, em Monsanto, a 4'/Km, demora o mesmo tempo a fazer 30Kms do que alguém como eu, a fazer 20Kms. Acho que com relativamente pouco esforço, se conseguem trajectos em Monsanto, para ritmos diferentes de modo a não espalhar demasiadamente pessoal por Monsanto, fomentar algum convívio também durante a prática desportiva e que permitisse que os 3 grupos chegassem sensivelmente ao mesmo tempo ao ponto de partida.
Nas (poucas) iniciativas em que participei até hoje no BTT, as organizações sempre têm 2 circuitos, um mais técnico/longo que o outro. E os 2 grupos que se formam, são sempre acompanhados de início ao final, não ficando ninguém para trás ou para a frente de tais grupos. Porque não fazê-lo com a corrida? Será que desvirtualiza assim tanto o carácter 'Pirata' desta São Silvestre? Acho que não!
Assim, nesses moldes, talvez eu participe em nova aventura!!

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

A minha 4ª Maratona


(A chegada mais desejada. Corri os últimos 200mts com o meu Alex Jr. Foi o culminar perfeito para uma prova perfeita.)




E chegou finalmente o dia há tanto aguardado. O dia da Maratona de Lisboa. A minha 4ª Maratona.

A 1ª em 1987 (obrigado João Lima) a 2ª em 1990, a 3ª em 2010 e agora esta, em 2011. De realce, ser a 2ª consecutiva, o que dado o meu historial francamente irregular, passa a constituir obra!

Pouco dormi à noite. Não consigo explicar o estado de excitação, mas sou assim e não há nada que possa fazer. Foram 8 semanas em que foi raro o dia em que a Maratona não me passou pela cabeça. Deitei-me cedo mas depois para adormecer ...

De manhã acordei cerca de 40' depois da hora marcada e a preparação foi necessariamente acelerada. De qualquer modo consegui chegar ao 1º de Maio à hora pretendida e com o tempo que gosto de ter para me preparar.

O tempo está nublado, a temperatura óptima e aparentemente pouco vento. Condições boas para correr, portanto.

O ano passado o factor que pesou negativamente na m/preparação foi a queda que dei a cerca de 4 semanas da Maratona. Nessa altura, os resultados da queda limitaram os treinos específicos que tinha planeados. Este ano foi uma dor que me surgiu, há 2 semanas, na zona do Hálux. Sendo uma articulação muito solicitada na corrida, influenciou bastante os últimos treinos e infelizmente a minha prova, a partir dos 21 Kms.

Voltando à preparação, tive atenção reforçada numa massagem com Voltaren na zona da articulação, o que veio, concluí depois, evitar as dores na 1ª parte da minha prova.

Concluída a preparação, dirijo-me para a partida onde encontro diverso pessoal do Fórum. Lá estava o Ricardo Diez, o Carlos Fonseca, o Luís Parro, o Rui Lacerda (sempre muito concentrado). Faço no início da Rio de Janeiro o meu aquecimento, alguns exercícios para alongar e o habitual 'trote'. A cerca de 5' chego-me ao pelotão e aguardo.

Às 09:00hrs o tiro é dado e arranco na molhada.

Desta vez dispenso o marcador de ritmo. Desta vez tenho o meu fiel 'Silver' e é com ele que irei estabelecer o meu ritmo.

Lutei por esta Maratona. Foi uma luta às vezes diária para conseguir o meu treino. A minha vida não me dá a disponibilidade que necessitaria e por isso não é pacífico conseguir fazer o meu treino, quando e nas condições que o idealizei. Tenho consciência do que fiz e como fiz. Por isso, nas últimas horas antes da partida, passei do objectivo inicialmente definido (baixar as 04:00hrs), para algo mais audacioso, que passou a ser algo, embora indefinido em questões de tempo, substancialmente abaixo daquele 1º objectivo. O único senão seria, como foi, o dedo do meu pé!!

1ºs Kms e a média ronda os 05'/Km. Sinto-me bastante à vontade. É a 1ª parte da prova e eu sei que, em condições normais, conseguirei manter um ritmo nesta cadência, pelo menos até aos 21Kms. A dúvida foca-se da escala da degradação de tal cadência na 2ª metade, e é nessa dúvida que vou progredindo na minha prova.

Para uma cadência a 03:30hrs à Maratona

5Kms = 26' (+1')
10Kms = 51' (+1')
15Kms = 01:15' (+0')
20Kms = 01:41' (+1')
25Kms = 02:06' (+1')
30Kms = 02:32' (+2')
35Kms = 03:00' (+3')
40Kms = 03:30' (+10')
42Kms = 03:39' (+9')
42,190Kms = 03:42' (+12')

Faço Meia Maratona perto das 01:45hrs. Continuo a sentir-me à vontade, mas agora vem a parte que se revelou como mais complicada para mim. Debato-me com a dúvida do limite da m/resistência e em saber como me sentirei no Martim Moniz, zona onde se inicia a parte mais dificil desta Maratona, entre os Kms 37 e 40.

Na zona da 24 de Julho, começo a sentir dores no pé. Estas dores irão manter-se e infernizar-me os restantes 20Kms.

A Maratona é isso mesmo: muita dor e grande espírito de sacrifício. Não acredito que se possa fazer uma Maratona na 'desportiva'! Para ser Maratona tem de haver 50% de físico + 50% de mental. A capacidade de aguentar a dor é essencial para se fazer uma Maratona. Eu enfrento bem melhor a dor que o cansaço. O ano passado, por exemplo, não consegui resistir à Almirante Reis e fiz praticamente a passo os Kms 39º e 40º.

Conseguir ir ignorando a dor no pé e os Kms iam passando, gradualmente mais devagar. Aumentaram as ocasiões em que olhei para o relógio ...

Aos 30Kms passo ligeiramente acima dos 5'/Km. Aos 35Kms a diferença sobe para +3'. Na Praça do Comércio apanho o Fernando Andrade e logo ali me decido fazer durante uns Kms alguma entreajuda. Esta táctica revela-se muito positiva, porque chego ao cimo do Areeiro, que no ano passado fiz a passo, com forças para avançar de novo para cadências junto dos 5'/km.

Assim que alcanço o Km 40º aumento o ritmo, consigo fazer o último Km em 04':48" (!!).

Entro na Avª EUA e o ritmo está óptimo. Será uma entrada em força no estádio. À entrada do estádio, uma surpresa excelente, a minha Filha está à minha espera com o Alex Jr. e a prova acabou logo ali, a cerca de 300mts da meta. Pego-lhe na mão e convido-o a correr com o Papá, como tanta vez ele faz. Mas está ali muita gente e o rapaz fica constrangido e recusa-se. Olho para trás mas já não vejo a Joana e estou positivamente com o 'menino nos braços'. Não tenho alternativa e lá o convenço a ignorar a multidão. O rapaz lá se mentaliza e a recta da meta é feita num esticão (...), como ilustra a imagem que inicia este relato.

Corto a meta. Concluo a Maratona.

Sinto horriveis dores no pé e estou com um empeno daqueles. O Alex Jr. não permite alongamentos. Quer ir ver o tractor que ali está estacionado.

Terminou aqui um dos grandes motivos da minha inveja para com o António Almeida. Cortei a minha 1ª meta com o meu Alex Jr. Muitas se lhe seguirão, assim eu tenha sorte em continuar a poder correr e a contar com a presença dele nas próximas metas que alcançar.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Memórias

Uma das mágoas nas minhas corridas, reside no facto de nunca ter tido o cuidado de guardar recordações, registar marcos históricos das corridas que entrei, desde a década de 80.

Apenas guardo os momentos que por mais marcantes se têm mantido na memória.

1ª prova: Nazaré, 1986 (pensava eu ...)
1ª maratona: Spiridon, 1986 (penso eu ...)
...
...

Hoje tive uma gr. alegria e tenho de a agradecer ao Jorge Branco, grande amigo destas coisas da corrida.

Numa das minhas deambulações pelo Fórum da Corrida, que tem sido uma refª neste meu último regresso às corridas, ocorrido em 2009, após a menistectomia, deparei-me com um tópico (Memórias da Corrida a pé em Portugal), em que o enorme Jorge Branco assinou um post acerca das 12 horas de Vila Real de St António.

Tudo normal até aqui, aquele post data inclusive de Maio de 2011, por isso não é nada de novo, já lá está há + de 6 meses. Só que hoje chamou-me a atenção para uma página do João Lima, com tempos de várias provas.

Uma luzinha de esperança acendeu-se. Percorri várias provas, mas infelizmente é raro conseguir obter tempos de provas com + de 20 anos. Maratona Spiridon, por exemplo. Como gostava de obter um registo daquela que foi a minha 1ª Maratona ... Percorri algumas provas e claro, acabei por reunir acrescidas esperanças nas refªs à Meia Maratona Internacional da Nazaré.

E surpresa das surpresas, lá descobri registos de 1986. Abri o ficheiro e fiquei encantado, encontrei o meu nome!!

Edição de 1986, 382º entre 3060 classificados, com o tempo de 01:19:07!!

Recuei a 1985. Afinal, a única coisa que sempre memorizei foi que na minha 1ª participação naquela prova, tinha feito um tempo a rondar a 01:30hrs.

E lá estava, a minha estreia na corrida a pé!!

Edição de 1985, 1098º entre 2718 classificados, com o tempo de 01:31:30!!

O meu muito obrigado Jorge Branco e claro, obrigado ao João Lima. Sem saber e devido à qualidade da sua página, possibilitou uns doces momentos de recordações!!

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Treino Nocturno em São João das Lampas

À imagem do que já tinha acontecido no ano passado, o Fernando Andrade repetiu o convite e eu não consegui dizer que não.

Estou a 2 semanas da Maratona e um treino a uma sexta de 21K altera um pouco a preparação planeada, mas a ida a São João das Lampas ficou definida assim que o convite foi lançado.

A corrida é por essência um desporto individual, mas pessoas como o Fernando Andrade contrariam um pouco esta ideia, afirmando que na corrida também pode e deve haver o espírito de equipa.

Não tanto na parte do treino, que o é apenas para alguns, uma vez que a maioria dos que ali vão, encaram aquilo como a reedição da Meia Maratona, que acontece anualmente em Setembro, mas mais na parte do repasto e muito por responsabilidade do nosso anfitrião e da 'sua' equipa, convive-se por alguns momentos como se de uma normal reunião de equipa se tratasse.

Na passada sexta-feira foi complicado chegar ao ponto de encontro. Uma chuvada algumas horas antes dificultou e de que maneira o trânsito.

O treino começou por voltas das 21:30 e logo a minha principal preocupação foi colar-me ao fim do pelotão, quase de imediato transformado numa série de pequenos pelotões.

Tive a sorte de 'apanhar' o Joaquim Adelino e o passo dele serviu-me às mil maravilhas. Conhecedor do trajecto e com um passo a rondar os 6'/Km, o Joaquim foi a compª ideal, num treino que se revelou um agradável passeio pela zona de Sintra.

Cerca de metade do percurso foi feito à chuva, que por vezes caiu forte tal como acontecera em 2010, mas nada disso retirou o imenso prazer de correr ali durante 02:08hrs. Terminámos em últimos.

Lá à frente a preocupação foi "rasgar o pelotão", ou "partir aquilo tudo". Aqui fica talvez a principal observação menos positiva para este evento. Há malta que seja onde for e em que circunstâncias for, não consegue encarar este evento, como o seu organizador sublinhou por diversas vezes, como um convívio.

Depois veio o jantar 'convívio'. Calhou-me novamente a sorte de poder partilhar a mesa com o Joaquim Adelino, o Orlando Duarte, o casal Dora e Paulo Pires e o Fernando Andrade.

Os voluntários foram inexcedíveis nos cuidados dispensados a todos nós. O termo 'nós' não será aqui tão adequado, uma vez que 'nós' se deve referir a TODOS os que ali estavam, independentemente se tenham ido correr, acompanhar, treinar, conviver ou ajudar à festa. Alguns dos participantes não parecem ter entendido assim e vi alguns que mais parecia estarem num restaurante, sentados calmamente a fazer diversos pedidos fosse de pão, de bebida ou até de febras...

Parece que o espírito não era bem esse!!

Àparte estes pormenores, gostei muito de passar aquela noite de temporal em São João das Lampas.

Fiz um óptimo treino, na boa companhia do Joaquim Adelino, comi (e repeti) uma excelente sopa, experimentei pela 1ª vez castanhas fritas e contribuí para mais um treino que tudo somado, tem que ser considerado uma excelente jornada de corrida.

Obrigado Fernando Andrade.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Parabéns

Parabéns!

É o teu aniversário!!

Como noutros, apenas quererias estar um bocadinho connosco, por pequeno que fosse, aquele bocadinho seria mais importante do que qualquer prenda que pudéssemos arranjar-te, a acrescentar às outras, de anos anteriores, que invariavelmente mas discretamente colocarias de lado.

Vivias exclusivamente por nós e para nós.

Todo o teu mundo girava em função das nossas necessidades.

Em ocasiões festivas, ou sem sê-lo, tinhas sempre uma necessidade muito básica, que era aproveitares todo o tempo possível para apenas estares connosco.

Claro que, como é hábito nestas coisas, raramente nos damos conta disso em tempo útil e normalmente apenas à posteriori quereríamos alterar essa inevitabilidade e dispormo-nos àquilo que nos pedias: apenas e só um bocadinho de tempo.

Querias apenas tempo!!

E eu tinha sempre pouco tempo para te dar!!

Assim estou eu agora, a querer tempo contigo sem poder tê-lo.

Ontem, depois de mais uma Meia Maratona da Nazaré, com a qual sempre disputaste os teus aniversários, dediquei-me apenas e só a dar-te tempo.

Foi sem dúvida a melhor parte dum belo dia em que consegui fazer 2 coisas que me dão muito gozo fazer: visitar-te e correr!

Falámos, chorámos e até ouvimos música, a 'nossa' música. Foi um bocadinho bem importante e que me soube muito bem ter contigo.

Hoje não te tiro da cabeça! Aliás, não me lembro doutro aniversário em que tal me tenha acontecido. Consegues perceber porquê?

É o teu aniversário!!

Parabéns!

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Dia de Visita às Mães





Ontem foi dia de visita às Mães.

O planeamento cuidado + alguma sorte = em dia de sucesso!!

Levantei-me às 05:00!!

Foi cedo mas tinha de ser porque planeei, como já aconteceu no ano passado, fazer um treino longo de preparação para a Maratona de Lisboa e precisava por isso de mais tempo.

A Nazaré registou este domingo a sua 37ª Edição. Não sei quantas fiz e isso pouco importa. O que importa é poder aqui vir. O que importa é anualmente estar no frenesim que me acompanhou nos últimos 15 dias. O que importa é chegar a Valado e saber que estamos de volta, onde tudo começou há 25 anos. Nesse ano, em 1985, acompanhado pela minha Mãe (…), vim estrear-me nas corridas a pé e fi-lo por acaso, na Nazaré. Nunca mais a Nazaré foi a mesma para mim.

Cheguei ainda antes das 08:00. Após uma noite de trovoada, estava uma manhã bonita. Deu tempo para ir à Marginal ver o mar. Não vi a onda de 30 mts. O mar estava ‘flat’. Devem ter desligado o ‘Canhão’ …

Foi ao habitual café + bolo à Arcádia. É uma pastelaria pequenina, perto do local de levantamento de documentação e que tem fabrico próprio. Estão vocês a ver não estão? Foi um café escaldado e um pão de deus ainda morno. Aquilo caros, desfez-se na boca. Uma excelente maneira de começar o dia.

Um bocadinho à espera das 08:30, para que abrissem o Secretariado e recebo o dorsal. Este ano calhou-me o 261.

Passo acelerado para o carro e equipagem.

Eram quase 09:00 e estava prestes a iniciar o ‘aquecimento’. Planeei fazer 14K mas como arranquei mais cedo e não queria estar depois muito tempo parado, entre o ‘aquecimento’ e a Meia Maratona, decidi na altura fazer os 15K. A T-Shirt para a Meia ficou pronta, já com o dorsal e arranquei.

O planeamento era andar num ritmo de ‘longo’, o que para mim significa andar com os bpm abaixo dos 130 o que significa um ritmo a rondar os 06’:20” / 06’:30”/km.

Como este ano o traçado da Meia foi alterado, isso veio ajudar porque pude fazer o meu treino em caminhos rurais sempre junto ao Alcoa. Andei muito bem por isso, praticamente sem carros o que ajudou ao sucesso do treino. Consegui andar sempre no ritmo planeado e cheguei ao carro 15Kms depois, por volta das 10:40.

Faltavam 20’ para a Meia. Vesti roupa seca, hidratei, meti gel e uns figos secos.

Faltavam 10’ para a partida e desci calmamente a rua perpendicular à meta, a comer figos secos.

A recta da meta não apresentava a moldura impressionante doutros anos, mas é sempre uma visão extraordinária, com o público a apoiar quem se prepara para partir, tendo como pano de fundo o incontornável e belíssimo mar. A única coisa que eu alterava ali era mesmo o volume do som, que é talvez a única coisa que destoa ali.

Comecei a fazer um pequeno trote nos minutos que antecederam a partida, uma vez mais estava prestes a iniciar a Meia Maratona da Nazaré e por isso estava feliz.

A Rosa Mota foi a Madrinha, uma vez mais e uma vez mais a pistola sinalizadora falhou, pelo que a partida foi dada por um apito, que foi no entanto suficiente para colocar em movimento aquela massa de cerca de 1 250 atletas.

Para a Nazaré cansei-me de planear ritmos e cadências que invariavelmente a excitação de ir ali me impede de cumprir. Assim a única coisa que planeei foi fazer menos de 02:00hrs e fazer umas alterações de ritmo aos Kms 5º (04’26”), 10º (04’11”), 15º (04’10”), 19º (04’29”) e 20º (04’15”). E cumpri.

Partida muito calma, passo pelo totalista Aarons de Carvalho, volta à Nazaré, passagem na Marginal, sempre animada e vamos em direcção a Famalicão. A manhã continuava bonita e ao 5º Km o 1º esticão, na casa dos 04’:30”. Retomei o andamento calmo e estava tudo bem. Passo pelo Fernando Andrade, a correr sempre com um sorriso. A semana passada fez a Maratona do Porto e passados 7 dias ali ia. Que inveja a alegria que alguns espelham na sua corrida…

Perto do retorno começa a chover. Primeiro pouco e depois abate-se a chuvada, que não iria parar tão cedo. O José Magro andava por ali. Perto dos 16Kms apanho o Luís Parro e faço-lhe companhia durante uns Kms, até ao 19º, onde inicio novo esticão, agora até à meta, que alcancei com 01:58’. Fiz uma média de 05:33. Talvez acima do que seria desejável, mas se isto de vez em quando não seguir o coração então perde a graça …

No final era o grande dilúvio. A água cobria-me os sapatos. Retirei o chip e encaminhei-me para o carro numa corridinha de descontracção. Resguardado numa entrada de garagem, fiz os habituais alongamentos e terminou a 1ª parte da visita.

Faltava a 2ª parte, a visita à minha Mãe. Mãe só há uma, claro.

Sim porque a Nazaré é a Outra Mãe!

segunda-feira, 18 de julho de 2011

UMA2011 - A aventura terminou

Manhã feia para os lados de Setúbal recebeu-me no passado domingo, dia 17 de Julho. Pela frente tinha a tarefa de me ‘vingar’ do desaire do ano passado, ano de estreia e conseguir concluir a Ultra Maratona Atlântica Melides – Tróia.

Objectivo único: terminar!

Alvorada às 04:15, saída às 05:00 e chegada a Setúbal às 05:45. Tudo rotina até aqui. O encontro com malta conhecida no barco e logo arranjei a compª do Victor Silva para a viagem até à outra margem. Lá, tínhamos as camionetas à espera e por volta das 08:00 chegámos a Melides. Caía uma chuvinha muito fininha, a temperatura era amena e o vento quase não se fazia sentir. As condições à partida eram por isso muito favoráveis.
Desta vez a mochila ficou em casa. Levei um bidon de cintura, com 600ml de isotónico e enfiado no cinto + 500ml de água. Numa bolsa levei energéticos (barras & gel), passas e amendoins salgados. Foi tudo o que carreguei.

Fora alimentação acompanharam-me nesta jornada o meu fiel ‘SILVER’, componente muito importante para o sucesso e o ‘clip’, o meu MP3 com músicas para todos os gostos.
Fila para o café, fila para os dorsais, fila para entregar o saco. Antes disso, fila para o bilhete, fila para o barco e fila para a camioneta. Muita fila tive que passar ontem. Até para começar a correr tive que esperar numa!!

Bem, mas às 09:00, mais coisa menos coisa, lá foi dado o tiro de partida e lancei-me nesta aventura, que não me saiu da cabeça no último ano.
Confiante nas notícias, que davam como certa a maré + favorável este ano, dirigi-me logo para a zona baixa, mais perto de água, mas aqueles Kms iniciais, mesmo com as tais facilidades, nunca são fáceis e mantive-me a correr, num corredor a cerca de 5mts da água, nestes 1ºs Kms.

10º Km em 01:10. Muito bom. Dadas as condições muito bom.
Aí apanho o Victor Silva. Fico admirado mas contente por poder ter companhia durante o tempo que eu conseguisse … Afinal não é fácil correr ao lado de tão apurado atleta, com um palmarés de relevo donde sobressai naturalmente o UTSF!
O piso era nesta altura muito bom e o ritmo subiu. Passei a andar em cadências perto dos 6’/Km. Aqui talvez o único e maior erro táctico na m/prova. Quis acompanhar o Victor e andei cerca de 10Kms a uma média de 6’/Km, o que para o meu nível é impensável. Aos 20Kms tinha assim 02:10hrs de prova. O Victor parou, para comer e eu segui. Aí voltei a descer, para ritmos mais condicentes com os meus objectivos e voltei para ritmos a rondar os 06:30/Km. Nesta altura começa igualmente o vento a ser mais forte.

Chego à Comporta (de má memória), onde o ano passado desisti.




Autor da Foto: JOAQUIM ADELINO (obrigado)


Aqui o vento, a areia mole e a inclinação do piso são as principais dificuldades. Cheguei aqui não tendo parado uma única vez e vou animado, embora já algo desgastado por aquela asneira entre os Kms 10 e 20. Faço a distribuição do abastecimento e sigo viagem. O vento é cada vez mais forte. Dói-me a articulação da anca devido à inclinação do piso. Dói-me o pé esquerdo que tem areia mas que tento ignorar (…). O vento é cada vez mais forte, levanta areia que pica as pernas como alfinetes e eu continuo, aqui e além a passar pessoal que já deu as últimas.
A partir do Km 33 começo a pagar a 'factura' do que fiz antes e adopto a táctica (de sobrevivência) de correr 2Kms e andar 1Km. Mas agora, a cerca de 10Kms da meta, já nada me faria desistir. Poderia ir a passo até ao fim agora. Ao contrário do que aconteceu em 2010, quando recomeço os trajectos a correr sinto ainda alguma força nas pernas, fruto de uma preparação que foi mais cuidada. Estou muito cansado mas ainda com alguma capacidade. Rodo nesta altura perto dos 7’/Km e ando energicamente a cerca de 8:30/Km e assim consigo chegar ao Km 42. Recomeço a correr, para um final apoteótico. Baixar as 5horas passa a ser possível. O Francisco Monte aparece por ali e ajuda-me nos últimos 200mts. Corto a meta dedicando aqueles momentos à m/Mãe, claro, que tanta força me deu, mesmo ontem, algures na península de Tróia.

No ‘Silver’ o tempo marcado é 04:58:56. No cronómetro oficial marca 05:00:10. Passo a meta muito emocionado e completamente estourado. Consegui vencer a UMA, em condições bastante difíceis. O vento foi o principal obstáculo. Mas a UMA é daquelas provas que será sempre uma incógnita em termos de condições e resultados para quem quer que alinhe à partida. É isso que lhe dá aquela áurea de ‘aventura’.

Sento-me à sombra apenas o tempo de enfiar uma garrafa de água. Levanto-me, como 2 pedaços de melancia e vou para a praia, fazer 10’ de crioterapia. Arranco para o barco e aqueles 2Kms até ao porto são um suplício. Tenho um novo andar e vou positivamente a arrastar-me até lá. Entro no barco e lembro-me do ano passado quando aqui cheguei e o estado de espírito era bem diferente.

Este ano vou para casa com uma enorme ‘empeno’ mas vou com a sensação que desta vez mereço vestir a camisola de ‘finisher’ da UMA.

Agora, com cerca de 24 horas após terminar a UMA2011 os reflexos do esforço resumem-se a um escaldão na parte de trás do pescoço, onde me esqueci de aplicar protector, pé (esqº) dorido e com 3 bolhas, o esqueleto da anca a doer e as pernas, claro, muito doridas.

Não sei se a voltarei a fazer. Afinal é uma prova complicada de se fazer, não só pelas suas condições próprias, mas também por tudo o que se tem de fazer até alinhar à partida. Agora há que pensar no próximo desafio, esse bem mais complicado que a UMA, mas disso falarei mais tarde!!


Kms 1º ao 10º andei entre 06:22 no 10º e 07:26 no 1º
Kms 11º ao 20º andei entre 05:56 no 13º e 06:22 no 11º
Kms 21º ao 30º andei entre 06:08 no 22º e 07:58 no 29º (*)
Kms 31º ao 40º andei entre 06:25 no 40º e 10:05 no 33º (**)
Kms 41º ao 43º andei entre 06:05 no 43º e 08:34 no 42º

Estatística 'Silver':
-Tempo total: 04:58:54
-Média por Km: 06:52
-Média BPM: 149
-Calorias: 3842

(*) Coincide com o abastecimento aos 28,5Kms
(**) Coincide com o início de marcha de 2 em 2 Kms. A partir do 33º, fiz marcha nos Kms 36º (08:56), 39º (08:28) e 42º (08:34)

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Operação UMA2011: +1 Longo na Caparica

Alvorada às 05:45 para partir da Praia Nova às 07:15, para os 30Kms certinhos até à Lagoa e volta.
Estava um ‘tapete’ ao nível ou melhor que no 10º Lunar de boa memória!
Piso e temperatura ideais para correr, apenas com o vento a soprar forte e contra no regresso.
Na compª do MP3 e num cenário magnífico, lá fui eu calmamente com vento pelas costas, em direcção à Lagoa.
Hoje o céu carregado de nuvens afastou o maralhal e quase não há veraneantes. Nada que se pareça sequer com o cenário horrível do último domingo, em que no regresso eu e o Nuno Alexandre tivemos que fazer slalom logo a partir da Fonte da Telha!
Cruzei-me com alguns raiders, nitidamente ao mesmo que eu: a procurar 'favores' das musas de Melides!!

Este ano está decidido: vou cortar no peso. Fora a mochila!
Levei 1lt de água (2x500ml), 1 barra e um gel energéticos. Resultou positiva a experiência!
Só tenho agora de encontrar um cinto com um bidon que ronde os 600ml de capacidade e levar mais 500ml na mão, ou enfiado no cinto. Complemento com uma bolsa para transporte de energéticos.

Fui com areia rija até aos 13K. Só mais junto à Lagoa aquilo amoleceu um pouco, mas mesmo assim perfeitamente transitável sem dificuldades de maior! No regresso, a temperatura continuava óptima e era agora o vento que dava sinais.
Fiz 1Km a andar enquanto enfiei uma barra energética.
O objectivo era fazer cerca de 3hrs a um ritmo cómodo, se é que se pode empregar este termo num treino de 30Kms ...
Senti-me sempre bem a nível muscular, com bastante disponibilidade, mesmo no final e após alguma luta com o vento no regresso.
Perto do final cruzei-me com o Parro, em contenção devido a susto no dia anterior.
"Não há-de ser nada Companheiro e lá nos encontraremos no próximo dia 17!"
No final uns alongamentos cuidados e reforçados atrás dum restaurante ao abrigo do vento.
Gostei!!

Acabaram-se os longos na Operação UMA2011.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Junho - Estágio na Areia

1º dia – 6 de Junho, segunda-feira
Meti Assistência à Família para justificar a balda ao 1º dia de estágio.
Na AtR (A Team Running) não se brinca e uma falta agora, que o estágio está a iniciar não ia cair nada bem junto do mister.
Só saí de casa às 17h, em direcção ao Centro de Estágio. Cheguei às 20h, já depois de uma paragem no caminho. Hoje não dava mm para treinar.
2º dia – 7 de Junho, terça-feira
Para mim o 1º dia do estágio. Alvorada às 07:30, arranque às 08:15. Para hoje o ‘prato’ foram 9K, para 50’, pelas falésias de Porto de Mós. O mister diz que é apenas para “ambientar”. O tempo está tapado e fresco. O vento aqui faz-se geralmente notar e hoje não foi excepção.
Dia = 9K
Acumulado = 9K
3º dia – 8 de Junho, quarta-feira
Hoje já a coisa foi mais a sério. Alvorada às 06:45 e saída às 07:15. 1º contacto com as areias da Meia Praia. A maré estava quase cheia e por isso a ‘coisa’ hoje já foi + forte. 17k com 10k feitos em areia. Sendo o ‘1’ o ‘tapete’ que apanhei no dia 1 de Junho na Caparica, no 10º Lunar e o ‘5’ o que irei apanhar em Melides, à partida da UMA, no próximo dia 17 de Julho. Hoje foi qualquer coisa entre o 2/3. A areia desta zona, mesmo em maré cheia, nunca é tão mole como a de Melides.
Dia = 17K
Acumulado = 26K
4º dia – 9 de Junho, quinta-feira
Sessão fraca. Cerca de 9k nas falésias. Hoje levei a Tara, extremamente necessitada de exercício sob risco de ficar como o do Pedro Marques - anafado!!
Ela está realmente em baixo de forma e no regresso já vim literalmente a puxar por ela.
Dia = 9K
Acumulado = 35K
5º dia – 10 de Junho, sexta-feira
Sessão forte. Hoje o ‘mister’ receitou algo ainda + parecido com o que irei encontrar na próxima manhã de 17 de Julho, lá para as bandas de Melides. O percurso foi o mesmo, cerca de 3,5K de estrada até à Meia Praia, mas uma vez ali, o trajecto foi + afastado da água, bem lá por cima, junto aos toldos. Hoje a areia, na escala que criei no início deste estágio, fica classificada de ‘3/4’. A areia da Meia Praia é mais fina e logo mais densa que a de Melides, que é mais grossa. Aqui nunca será possível ter a areia mole como a da Península. De qq forma foram 10k bem durinhos, com o suor a encharcar por completo.
Dia = 17K
Acumulado = 52K
6º dia – 11 de Junho, sábado
Mais um dia de falésias. Mais uma sessão ainda acompanhado pela Tara. Ela faz de ‘pace-maker’ e no regresso hoje, obrigou a andar cerca de 5’ tal era a dificuldade com que se deslocava.
O Alex Jr. tem sido um belo despertador. Desde que se iniciou o ‘estágio’ ainda não cheguei a ouvir o despertador, activado para tocar às 07:30. Sempre a rondar as 7, ele ali está, a expulsar-me da cama e a substituir-me junto da Mãe!
Dia = 9K
Acumulado = 61K
7º dia – 12 de Junho, domingo
Mais uma sessão durinha, de casa até à Meia Praia e volta. Lá, onde tudo se definirá daqui a umas semanas, a areia foi o cenário principal. Como me sinto cansado, fiz o treino hoje em areia dura, tipo ‘1/2’, muito próximo do que fiz no 10º Lunar do passado 1 de Junho.
Hoje chegou família, que irá passar o resto da semana connosco. Tal acontecimento irá exigir algum cuidado para não prejudicar o estágio.
Dia = 18K
Acumulado = 79K
8º dia – 13 de Junho, segunda
Falésias com a Tara. Hoje a cadela teve grandes dificuldades em acompanhar-me. Ou está a ser ‘calona’ ou está aleijada. De qualquer forma não posso estar a perder treinos como praticamente perdi hoje em que pouco corri no regresso. Vou substituí-la pelo SPOT, que é mais atlético ...
Dia = 7K
Acumulado = 86K
9º dia – 14 de Junho, terça
‘Comprido’, mas todo em areia mole (4). Arranquei de casa uma vez mais bem cedinho e fiz a Meia Praia sempre por cima. O treino foi muito bom, mas é realmente difícil andar com areia assim. O ritmo anda sempre perto dos 8’/Km e os bpm a rondar os 150.
Dia = 18K
Acumulado = 104K
10º dia – 15 de Junho, quarta
Mais um dia de falésias com o SPOT. Sinto-me cansado.
Dia = 9K
Acumulado = 113K
11º dia – 16 de Junho, quinta
Hoje levei o carro e fiz a Meia Praia em areia rija (1). Tenho sentido algum cansaço e decidi ‘descansar’ hoje e ao mesmo tempo desfrutar um pouco do meio envolvente extremamente apetitoso quando se consegue apreciar. A praia às horas a que tenho corrido aqui este ano, tem uma beleza ainda mais especial.
Dia = 10K
Acumulado = 123K
12º dia – 17 de Junho, sexta
Alvorada às 06:45 (...) para mais uma sessão nas falésias na companhia sempre voluntariosa do SPOT. Quase no final da sessão, a cerca da 500mts do final, faço os alongamentos que às vezes, nestas férias, tenho descurado por causa da eterna falta de tempo. É um estágio nas areias para mim, mas para o resto do ‘A’ Team são a 1ª parte das férias e há horas que têm de ser respeitadas, principalmente na exposição solar do Alex Jr., que vai ganhando um bronzeado à polícia!!
Dia = 9K
Acumulado = 132K
13º dia – 20 de Junho, segunda
Tive dois dias de ‘balda’. A ‘A Team’ está de novo e em exclusividade no Centro de Estágio e aconselhava-se um intervalo para dedicar ao lazer e claro, à Família.
É sabido como os dias de visita das famílias aos Centros de Estágio, deixam as suas marcas nos atletas (…). Tais marcas revelaram hoje um cansaço acrescido, atendendo a que decorreram 2 dias de intervalo.
Hoje fiz 14K só em areia. Aqueci nos 1ºs 3K, fiz depois + 10K em areia escala ‘5’, bem lá em cima e no final, já muito cansado, desci, para terminar com 1K de areia rija, escala ‘1’.
Dia = 14K
Acumulado = 145K
Lição 1: é importante fazer a progressão sem olhar o horizonte. Se mantiver o olhar baixo, num raio de 1mt à minha frente, não me apercebo o quanto o ritmo é baixo para irreflectidamente tentar aumentá-lo.
14º dia – 21 de Junho, terça
Mais uma sessão nas falésias, com o SPOT, hoje debaixo de algum calor que começa a aumentar. O bicho, claro, sentiu logo e o ritmo ressentiu-se um pouco. Este eu sei que não faz ronha e se ele vinha a arfar eu só tinha mesmo é de baixar e foi o que fiz. No final uns alongamentos e o regresso ao centro de estágio.
Dia = 9K
Acumulado = 154K
15º dia – 22 de Junho, quarta
Dia de treino forte. O ‘mister’ avisou à partida, hoje vai ser o treino ‘rei’ deste estágio, que se aproxima do seu final. E o mister não iludiu. Foram 10k em areia escala ‘5’, completamente solta. Muito difícil. No regresso, fiz a experiência e vim descalço e as dificuldades aumentaram. Descalço tenho menos sustento proporcionado pelos GT2150 e os pés enterram-se ainda mais na areia. A progressão é muito lenta e são ainda 08:30 da manhã!!
Dia = 10K
Acumulado = 164K
Lição 2: já vem de 2010, mas nunca é demais relembrar a importância dos ‘passinhos de bébé’ quando se trata de evoluir em areia solta. Não é nada aconselhável querer manter a normal amplitude de passada.
16º dia – 24 de Junho, sexta
Ontem foi feriado e foi + 1 dia de gazeta.
Hoje, apesar das arrumações se terem iniciado tendo em vista o abandono do centro de estágio depois de almoço, consegui ir fazer a despedida à Meia Praia. Fiz 30’ calminhos apenas para dizer um adeus e até Setembro.
Dia = 5K
Acumulado = 169K

O estágio está concluído.
A conclusão principal é que estou melhor que o ano passado.
Mantenho-me a correr, de forma continuada, desde Setembro do ano passado e isso deu-me muito mais endurance do que o que tinha à partida para a UMA de 2010.
Aumentei, desde o início de 2011, o número de sessões semanais e estou a fazer, normalmente, 5 sessões de corrida + 1 sessão de piscina por semana.
Os Kms aumentaram e com eles vem uma maior capacidade cardio-muscular.
No ano passado aqui, em Lagos, não fiz nenhum treino integralmente em areia mole. Este ano fiz vários.
Comecei este ‘estágio’ com um Lunar que me levou a ir pela 1ª vez à Lagoa. Bem mais importante que o estado do piso em que fiz aquele treino, que não tem qualquer comparação com o que irei encontrar em Melides, é a forma como o corpo respondeu aqueles 30K, feitos a um ritmo muito bom. São bons sinais.
Aqui, tive a Meia Praia à disposição e tirei q.b. de usufruto, atendendo a que não estava ali para estar sózinho!!
Nas restantes semanas que faltam, até à UMA 2011, espero conseguir manter algum ritmo de treinos, alguma especificidade e mais um ou dois treinos longos, se possível em areia.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Momentos

Ela está aqui hoje
comigo
por isso dedico-lhe
este momento
como muitos
que ela me dedicou
toda a vida!!

Adoro-te!!

"It's a little bit funny this feeling inside
I'm not one of those who can easily hide
I don't have much money but boy if I did
I'd buy a big house where we both could live

If I was a sculptor, but then again, no
Or a man who makes potions in a travelling show
I know it's not much but it's the best I can do
My gift is my song and this one's for you

And you can tell everybody this is your song
It may be quite simple but now that it's done
I hope you don't mind
I hope you don't mind that I put down in words
How wonderful life is while you're in the world
I sat on the roof and kicked off the moss
Well a few of the verses well they've got me quite cross
But the sun's been quite kind while I wrote this song
It's for people like you that keep it turned on

So excuse me forgetting but these things I do
You see I've forgotten if they're green or they're blue
Anyway the thing is what I really mean
Yours are the sweetest eyes I've ever seen"

quarta-feira, 25 de maio de 2011

A 'A TEAM' na Meia dos Palácios




No dia 22 de Maio foi dia da Meia dos Palácios, que une o Palácio de Sintra ao de Queluz.
Pouca história resultaria daqui, não fora o facto de em boa hora se terem lembrado de incluir a componente Run & Bike, a que aderi desde logo como meio de juntar uma manhã de corrida com o convívio entre os 'meus'!!

Desde início que a questão principal seria a de saber como se iria aguentar o Alex Jr. amarrado a uma cadeira durante quase 2 horas.

Logo que me inscrevi tratei de comprar uma cadeira, confortável q.b. de modo a fazer uns 'treinos' com ele. Consegui fazer 3, de cerca de 1 hora e em que ele sempre se portou à altura. Só tinha que, de vez em quando ir adoçando a boca à 'pestinha', com bolachas, pão de leite e água.

E assim, após umas peripécias para fazer levantar aquela gente cedo ao domingo (...) cuja descrição vos vou poupar, apresentamo-nos à partida, perto das 09:30 no Largo do Palácio da Pena, num domingo que adivinhava calor.

A altimetria não era muito difícil, embora houvesse, principalmente na 1ª metade algumas subidas em que se levantava alguma incógnita quanto à capacidade de transposição, não pelo peso do 'pendura', mas mais pela reduzida forma da condutora!!

Andei para trás e para a frente, ora ajudando ora recuperando. Nas subidas ora passava ora ajudava e nas descidas ficava para trás e tinha depois de recuperar. Por isso a prova foi uma sucessão de ritmos bem diferentes e que me desgastaram bastante.

Mas o objectivo era o convívio!!

Por vezes esqueci tal objectivo!! No domingo anterior, na Costa da Caparica o objectivo era testar. Aí sim, era para dar o máximo. Ali, o objectivo era divertir-me um bocado com eles e às vezes dei comigo a levar aquilo a sério demais.

Quando o Alex Jr. atirou repetidamente o capacete para o chão!! Quando ele pediu repetidas vezes bolacha!! Quando ele pediu repetidas vezes água!! Quando ele informou, com muita calma: "Tá frio".

Ele obviamente é a prioridade e parámos diversas vezes por causa dele. Eu, ao lado dele, brinquei várias vezes com ele. Atirei-lhe água. Fiz-lhe cócegas. Mas a ideia era precisamente essa, a de passarmos uma manhã diferente e divertida, para todos!!

Por isso lá me concentrei e esforcei-me por esquecer o cronómetro e concentrar-me naquilo que realmente era importante!!

Ele acabou por aguentar cerca de 01:48, que foi o tempo que gastámos no trajecto. E parece ter gostado!!

Acompanhei-os o possível e no final considero que foi uma bela jornada. Consegui fazer uma corridinha, descontraída q.b., em óptima companhia.

É 'receita' a repetir, sem dúvida!!

Tenho de continuar a fazer um esforço em distinguir o acessório do essencial. Repetidas vezes falho nessa questão. Só sentimos falta das coisas quando não as temos.
No caso das pessoas acontece a mesma coisa!!

Foi uma oportunidade que tenho a sensação de apenas ter aproveitado parte, devido ao meu feitio. Espero ter nova oportunidade e de saber, nessa altura, usufruir ao máximo o momento.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

III Meia da Areia




Foi no passado dia 15 de Maio que pela 2ª vez participei nesta, que já faz parte do meu (renovado) calendário. Foi a III Edição da Meia Maratona da Areia.

O objectivo à partida era fazer 5'/Km.

Mas esqueci-me que a prova era a Meia da Areia, e por isso era feita em areia ...

Quando cheguei à Costa, bem cedinho como gosto, apercebi-me doutro factor condicionante da prova naquela manhã: o vento que se fazia sentir. Era daquele que fustigava com milhares de 'pontas de alfinetes', as pernas daqueles que se atreviam a pisar o longo areal.

Mas não sou de desistir cedo e para lá o vento sendo lateral, por vezes ainda dava uma pequena ajuda pelas costas e mantive um ritmo que permitia ter esperança no cumprimento daquele objectivo.

Até ao 9º Km os parciais ao Km rondaram sempre os 4':55", mas depois chegou a 3ª condicionante: a maré!! Aquela zona estava afinal como seria de esperar, ou seja, mole e sem consistência. Havia um corredor de cerca de 1 mt, onde a areia ainda tinha alguma consistência. Mas à força de ser pisada por tanta gente e por ser zona disputada pelos que vinham e pelos que iam, era de muito difícil acesso e aí vi que era demais.

A areia, o vento e a maré!

Afinal 3 componentes indissociáveis desta esplêndida prova e que eu quis esquecer quando defini os meus objectivos para a prova.

A média subiu. O 11º Km em 06:01". O 12º Km em 05:51", espelham bem as dificuldades que senti naquela zona. Depois veio o retorno, o vento contra e o desgaste que provoca correr em areia!!

Apesar de todos os condicionantes, o trabalho de casa estava feito. Era o teste que eu queria fazer. Independentemente de não conseguir chegar à média dos 5'/Km, consegui testar e de forma muito positiva o aumento de capacidade que os treinos dos últimos meses me deram. A partir do 17º Km, apesar da maré continuar a subir, consegui andar muito perto dos 5'/Km. Nos 18º e 19º Kms andei mesmo abaixo daquela média (04:55) e depois, nos últimos Kms, subi um pouco para os 05:07 e 05:08.

Fiquei muito contente com a m/prestação.

Mais importante que o tempo, é ter sentido que apesar de desgastado pelas condições difíceis da prova, especialmente este ano, consegui dar uma resposta muito positiva.

A receita parece-me ser a correcta e por isso será de manter.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Dia da Mãe

Dia 01 de Maio foi Dia da Mãe.
Este ano calhou a um Domingo, dia de treino longo.
Escolhi Monsanto. Escolhi Benfica. Escolhi estar mais perto dela, da minha Mãe!
Benfica e Monsanto foram locais de eleição para as minhas corridas. Local onde dei as minhas primeiras corridas.
Nasci e morei ali pertinho, perto da Igreja de Benfica. Saía de casa, subia a Gomes Pereira, atravessava a linha de comboio na estação e estava em Monsanto. Sempre que podia era ali que fazia os meus treinos.
No domingo senti-me muito bem lá. Andei 'perdido' e a sujar os sapatos em Monsanto. Foram quase 2 horas de abstração e puro prazer de correr e claro ... a pensar nela, na minha Mãe.
Sim, porque domingo foi dia da minha Mãe.

À tarde fui vê-la. Dei-lhe Margaridas. Ela gosta de Margaridas!

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Treino / Teste na Marginal

Nos últimos tempos, apesar de tudo, tenho corrido.

Sinto-me bem a correr e por isso mantive as rotinas de treino que tinha adoptado com a finalidade de ir a Paris, no passado dia 10 de Abril.

Agora estou a pensar fazer a Meia da Areia, em 15 de Maio.

A curto prazo é a prova que estou a planear fazer. Já muitas passaram pelos meus planos, mas são invariavelmente apagadas sempre pela mesma razão: desinteresse!!

Aproveitando o facto de se realizar no Domingo, 17 de Abril, a Estafeta Cascais - Lisboa, decidi na sexta-feira anterior que seria uma boa oportunidade para fazer um treino em jeito de teste naquele local privilegiado e onde tanto gosto de correr.

E ontem lá fui, de comboio até ao Estoril para depois fazer eu parte doutro 'comboio' de volta a Lisboa. A manhã esteve bonita mas com muito vento.

O Objectivo: 5'/Km, para terminar com 01:40hrs.

Agora, com o meu 'Silver' como precioso aliado, é muito mais fácil controlar esse tipo de objectivo. E Km a Km, pela marginal fora, com a magnífica vista do Tejo à minha direita, lá fui eu, sempre com um olho no alcatrão e outro no mostrador. A cadência média foi de 04:54" e o tempo final foi de 01:38'. Por isso, Objectivo Superado !

Agora, de volta à rotina de treinos, tenho 1 mês para basicamente manter a táctica até aqui adoptada e talvez fazer uma 1/2 dúzia de específicos, só para adquirir alguma força. Quero fazer qualquer coisa que ronde a 01:45 na Costa da Caparica daqui a 1 mês. Ontem já deu para ver que do ponto de vista de endurance já tenho Kms nas pernas que me permitam atingir tal objectivo, por isso é 'apenas' manter a máquina a rolar e espevitá-la de vez em quando com umas rampas, umas séries e uns intervalados.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Mãe

Mãe

Mãe: Que desgraça na vida aconteceu,
Que ficaste insensível e gelada?
Que todo o teu perfil se endureceu
Numa linha severa e desenhada?

Como as estátuas, que são gente nossa
Cansada de palavras e ternura,
Assim tu me pareces no teu leito.
Presença cinzelada em pedra dura,
Que não tem coração dentro do peito.

Chamo aos gritos por ti — não me respondes.
Beijo-te as mãos e o rosto — sinto frio.
Ou és outra, ou me enganas, ou te escondes
Por detrás do terror deste vazio.

Mãe: Abre os olhos ao menos, diz que sim!
Diz que me vês ainda, que me queres.
Que és a eterna mulher entre as mulheres.
Que nem a morte te afastou de mim!


Miguel Torga, in 'Diário IV'

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Maratona de Paris - O início

Semana 1 (24 a 30-Jan-2011)
1ª Semana da preparação para PARIS.

Semana ‘durinha’ mas que por isso teve ainda mais sabor, por estar concluída e quanto a mim com distinção!!

Dia24 = 00:50h de CC RL / 8Kms (EN)
Dia25 = 00:55h de CC RL / 9Kms (PQ NAÇÕES)
Dia26 = 00:45h de Piscina / 2Kms (ORIENTE)
Dia27 = 01:00h de CC RL / 9Kms (PQ NAÇÕES)
Dia28 = 01:00h de TEMPO RUN / 9Kms (EN)
1ª série (8’ a 05:10” / 05:15”) em 05:16” a 146bpm
2ª série (8’ a 05:10” / 05:15”) em 05:12” a 147 bpm
Dia30 = 03:00h de CC RL / 28Kms (SINTRA)

Esta semana portei MUITO bem ... 63Kms!!

De destaque esta 1ª semana, os tempos por Km que descobri nos diversos esquemas que compõem o meu plano, que vou delineando semanalmente, daqui para a frente.

O difícil, nesta fase inicial, é mesmo conseguir controlar o passo e o ritmo/Km. Sirvo-me ao máximo do meu ‘Silver’ para esse efeito e se por exemplo na segunda não consegui de todo obter sucesso para esse objectivo, as coisas no dia seguinte, terça, já correram muito melhor e na quinta já foram certinhos, tipo relógio suiço.

Na terça e sexta foram 2 grandes banhos! Na sexta, quando estava a meio da 1ª série, na pista do EN, foi um dilúvio que até parecia fazer fumo no tartan! Mesmo assim soube-me 5***** esta 1ª sessão específica.

No domingo, foi a cereja em cima do bolo!! Foram 28Kms em Sintra, no trajecto do GP Fim da Europa, num dia muito bonito, mas muito frio. O plano era fazer ida e volta nas calmas, sempre mais perto dos 07’:00” do que dos 06’:00”. Partir da Azóia às 08:00, chegar a Sintra em cima das 11:00, para ter apenas tempo de mudar de roupa e regressar. Esqueci-me que partindo da Azóia estava a ‘cortar’ cerca de 3Kms. Por isso cheguei a Sintra muito cedo. Mudei de roupa, perdi tempo, arrefeci e decidi, em boa hora, retornar sem estar à espera da partida da prova. Devia tê-lo feito mais cedo. Quando ao mudar de roupa, quis apertar o cordão dos calções, não consegui. Tinha os dedos gelados!! Mas no regresso a Azóia, o sol um pouco mais alto já aqueceu um pouco mais. No final, uma manhã conseguida a 110%. O ritmo foi um pouco mais elevado que que era suposto, mas senti-me sempre muito bem, num ritmo médio de 140bpm.
Gostei do ajuntamento na Azóia, com o pessoal conhecido. O Luís e o Paulo. O Manuel finalmente conseguiu emprestar-me o DVD de Paris 2009, para me documentar.
Obrigado Manuel, pelo DVD e pela dica da roupa seca. Mesmo sem chuva soube mesmo muito bem trocar de roupa em Sintra!!

É esta a receita certa, parece-me. Andar a um ritmo muito controlado e quando deve ser, para nos dias ‘fortes’ poder andar com força e não correr riscos de lesões.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011




Parabéns 'Feijoca'


Exactamente há um ano atrás escrevi, que tinha escrito há um ano atrás, estas palavras no meu Moleskine:
"Às 06:26 a Dora dá entrada no SFX com contracções fortes e regulares. O Feijoca nasceu às 08:55! Tem 3,080grs e é uma Beleza!!"
Depois desta entrada algo confusa, isto resume-se a concluir que foi há dois anos que nasceste. Isto com um pequeno atraso, uma vez que de facto perfez ontem, dia 13-JAN, mais um aniversário.

Parabéns Alexandre, meu Filhote mais pequeno.
Se fizeste 2009 um ano muito especial para mim, 2010 esteve CHEIO de ti!!

És tu que me impedes de ir correr. Mas é por tua causa que sou obrigado a ir correr de madrugada para depois poder estar um bocadinho contigo a dar-te aqueles 110% de atenção que tu me exiges!!

Sou fraco como Pai! Não consigo dar-te os 110% que tu merecerias. Mas dou-te aquilo que posso dar, garanto!!

Tu deste volta à minha vida! Agora que ambicionava manhãs no campo a fazer jogging, tardes de ronha e noites longas, voltei às madrugadas a correr a correr, tardes curtas demais para comer e noites curtas e intervaladas!!

Mas que posso eu fazer??

Simplesmente ADORO-TE!!

Termino estas curtas linhas como terminei no ano passado:

Se houver por aí 'luzes condutoras', que haja uma que algures zele por ti e te mantenha saudável e já agora a mim também, para ter a felicidade de te ver crescer mais uns anos ...
Parabéns também para ti DORA, Mãe do Alex Jr.