sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

41ª Meia Maratona da Nazaré

A coisa esteve complicada este ano.

Acho que só comecei a ver publicidade à prova já em Novembro.

Ao que parece, foi mais uma luta das gentes da Nazaré, para colocar em pé aquela que é a 'mãe' das Meias Maratonas, a Meia da Nazaré.

Foi lá que comecei a correr, há cerca de 35 anos, numa manhã de dilúvio em que pela 1ª vez cheguei à Nazaré, acompanhado pela minha Mãe, já a prova tinha começado (...). Desci a rua a correr, enfiei-me debaixo das cordas que delimitam a marginal e arranquei por ali fora.

Nessa altura, a maioria do pessoal que treina agora à minha volta, ainda nem era nascido.

Regressar à Nazaré constitui, neste que é até ao momento o último regresso às corridas, que aconteceu em 2010, após a minha meniscectomia em finais de 2009, um motivo de regozijo redobrado.

E depois há coisas como esta, que registei este ano, no passeio ao sítio, coisas que nos fazem querer lá voltar sempre.



Este ano não houve volta de aquecimento, pelo Valado dos Frades, versão que adoptei desde 2010, em modo de preparação para a Maratona de Lisboa, que à data era em Dezembro e em que a vinda à Nazaré servia cumulativamente de treino longo.

Mas a safada da L5/S1 trocou-me as voltas e este ano vim em contenção. Mas não desisti do carácter lúdico da Nazaré e fiz questão de manter todo o restante calendário, mesmo não fazendo as 2 horas de aquecimento. Por isso mantive a entrada na Nazaré bem cedinho, mantive o pequeno passeio na marginal, mantive o levantar do dorsal sem confusões e claro, mantive o bolinho e café escaldado na Arcádia.

Depois e como estava com tempo, inovei e deu-me para ir ao Sítio. Como estava com preguiça para ir a andar, apanhei o elevador e fui até lá acima. O dia esteve espectacular e lá em cima as bancas de venda de recordações ainda estavam a ser montadas e arranjadas quando lá cheguei. Dei uma volta pelo local e fui até à Praia Norte, espreitar a ver se havia o McNamara. Mas nada do rapaz, deverá andar a experimentar o seu novo mercedes, classe xpto!!

Voltei para baixo e com calma arranjei as coisas.

A marginal este ano foi encurtada. O pessoal a participar consta que terá rondado as 1 000 almas. Fiz o aquecimento. Aproveitei e usei os wc (bem) instalados na praia.

A 15' da partida comecei a correr devagar. A 5' cheguei-me à frente e o pessoal da caminhada faz questão de partir bem à frente e depois é a grande confusão na partida.

Fui sempre no limite. No meu limite. Encostadinho aos 5'.

Eu sei lá, deu-me para ali!!

Mas queria testar-me. Afinal eu estou quase sempre a testar-me!!

Até perto do retorno ainda aguentei, mas depois ...

O calor fez efeito e comecei a sentir que aquilo não era o meu passo.

Depois do retorno começa realmente a fazer-se a prova. Acaba a força e começa a resistência.

Claro que não treinei especificamente para a Nazaré e só tenho feito, quase exclusivamente, trilhos em Monsanto e no Jamor.

Mas a coisa produz os seus efeitos porque embora cansado as pernas aguentaram.

A dúvida dos 17Kms aos 19Kms dissipou-se e as pernas continuaram a aguentar.

Apesar de dizerem que cada Km correspondeu este ano a Km+100mts, deixei de ligar ao relógio e corri apenas com as pernas.

A recta da meta também foi mais curta este ano e por isso custou menos chegar lá à frente.

No final o tão esperado prato, a broa e outros brindes, de menos significado.

Alonguei e segui para o carro. Afinal a jornada ainda só estava a meio e falta a visita à outra mãe, desta feita à Mãe e foi para lá que rumei.

Para o ano espero voltar à visita às Mães e claro, à Nazaré!