terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Pirata da Pirata de Monsanto 2013

No dia 20 de Dezembro de 2013 e pela 2ª vez, pirateei a 4ª edição da Pirata de Monsanto.

Esta feliz iniciativa nasceu há 4 anos, pela mão do Parro e do Peregrino. Resultado da vontade daqueles dois utilizadores assíduos de Monsanto. Estive na 1ª Edição, ainda no Parque de Campismo e até fui o autor duma das duas versões dos Diplomas que por brincadeira se distribuíram no final.

Participei na 1ª Edição, pirateei a 2ª Edição, baldei-me à 3ª e voltei a piratear esta que foi a 4ª Edição.

Na 2ª Edição não gostei do caminho que tomou. Deixou de ser aquilo que penso esteve na génese do projecto, que seria encher Monsanto com um grupo de amantes da corrida a pé e passou a ser mais vários grupos de amigos a correr sózinhos.

Não gostei e afastei-me. Desmobilizei um pouco.

Este ano, o 4º ano, concluo que tinha razão quando escrevi algures, que o figurino era errado quando logo após a partida o pelotão de simpatizantes se transformavam em competidores e tentavam chegar ao fim primeiro que os outros.

Esta ano (e acho que já o fizeram em 2012) passaram a dividir o pelotão em 2 grupos, consoante a cadência, fazendo um percurso mais pequeno e outro um pouco mais longo. Este ano, acho que pela 1ª vez, aconteceram 2 ou 3 situações em que os da frente marcaram passo para possibilitar que o restante pelotão reagrupasse.

Era isto que eu queria dizer desde o início. E penso que seja o formato mais interessante para encarar um evento com estas características.

Penso que há 2 ou 3 anos, em determinada altura quando cheguei às rotundas, viam-se dezenas de frontais no meio de Monsanto e reinava uma perfeita anarquia. Uns grupos de pessoal para um lado e outros para o outro e inclusive houve participantes a perderem-se dos restantes.

Parece-me que ao fim de 4 edições a Pirata de Monsanto ganha alguma maturidade, sem no entanto perder a irreverência que também é saudável a acompanhe.

Mais uma vez este ano e para ganhar pernas para Fevereiro, decidi arrancar de casa até Monsanto, para lá me juntar ao pelotão.

Claro que porque o Passos Coelho quer que a gente trabalhe mais, é muito apertado e arranquei de Queijas já muito tarde, já depois das 20:30. Ora sabendo que Monsanto dista cerca de 6/7 Kms de minha casa e pelo meio tenho de atravessar a Serra de Carnaxide, podem vocês concluir que fui sempre a esticar.

Quando cheguei a Monsanto, nem me lembrei que a partida já não é no Parque de Campismo e arranquei directamente para o início do percurso, ali junto ao canil. Poucos minutos depois, com os bofes de fora, quando passava nas traseiras do Parque de Campismo, começo a ouvir vozes atrás de mim e começo a ver luzes de frontais. Felizmente a partida atrasou-se e eu estava à frente do pelotão. Respiro fundo e meto por uma rua que me levará em direcção ao Batalhão dos Sapadores, dando assim hipótese do pelotão me passar, de modo a apanhá-lo depois e me misturar já perto de Montes Claros.

O percurso da Pirata de Monsanto é exigente logo no início e aquela subida toda em Caselas e depois em Montes Claros são difíceis. Para mim, que já tinha mais de 7 Kms nas pernas ainda o foi mais, mas aguentei-me. Por aquela altura o pessoal que ia fazer a volta mais curta separa-se.

Quando chego a Montes Claros a 1ª surpresa. O pessoal estava todo em carrossel à volta da rotunda, possibilitando assim o reagrupamento. Muito bem. Aumenta o grupo e o convívio entre todos.

Seguiu o cortejo por dentro de Monsanto. Muita gente nova. Muitas senhoras. Excelente. Excelente.

Desta vez o grupo mantém-se junto quase até à parte final. Já era querer demais que tal acontecesse. Quando passamos a Belavista já é cada um por si e já não há mais reagrupamentos. Paciência!

Por essa altura um participante coloca-se ao meu lado e fazemos aquela parte os dois. Ele vira-se para mim e pergunta se falta muito?? É a sua 1ª prova com estas características!! Só começou a correr há uns meses atrás!! Digo-lhe que dali até ao final é sempre a descer e o rapaz fica muito mais descansado!!

Mais à frente esqueço-me outra vez que eles não partiram do Parque de Campismo e quando chamam a nossa atenção eu já ia disparado nessa direcção. Peço-lhe desculpa, despedimo-nos e digo-lhe que eu continuo, até casa.

Na Decathlon como qualquer coisa e preparo-me para a 3ª parte, o regresso a casa.

Tenho pela frente a subida de Alfragide, paralela aos Cabos d'Ávila e depois, lá à frente tenho novamente a Serra de Carnaxide. Sofro um bocado para chegar mas lá chego, completamente arrasado.

Não tenho preparação para estas loucuras!!

Fiz 29,8Kms e andei naquilo cerca de 3:20hrs, com uma média de 6:43"/Km.

Aqui fica o registo da minha Pirata da Pirata de Monsanto.

Espero que mais edições se sigam. Desejo que afinem o formato. O meu sonho é ver 1 pelotão único desde o início até ao final. Tenho a certeza que é a opção mais apropriada para as características do evento. Este ano já gostei mais. Os 2 reagrupamentos só aumentaram o interesse daqueles que vão para ali puramente para passar um bom bocado, penso que seja a grande maioria. Gostaria que assim fosse!!

1º Trail da Serra do Montejunto

(Estou a recuperar o trabalho atrasado e publico hoje aquela que foi a minha última prova de 2013. Espero que gostem de a ler)




Quando tenho a oportunidade de agarrar uma 1ª Edição, tento não a desperdiçar e foi o que aconteceu ontem, 1 de Dezembro de 2013, ali na Freguesia de Vilar, uma povoação nos arredores do Cadaval. Vilar formou-se junto ao Monte ou do Montejunto (gostaram desta??) e julgo que a Junta de Freguesia teve a excelente ideia de tirar algum partido desse facto e organizar este evento.

Do programa constavam 3 eventos: a caminhada, o trail curto e o trail longo. Estando em plena preparação para a minha Viagem de Fevereiro próximo, optei pelo trail longo, com 40 Kms e classificado pela organização como de dificuldade física média e técnica fácil.

Inicialmente marcada para as 10hrs, em boa hora a organização antecipou para as 9hrs a partida, decisão de que se devem ter arrependido mais tarde, porque a entrega dos dorsais, sem a já tão velhinha separação entre individuais e equipas, provocou grande congestionamento, o que atrasou de facto a hora de início para as 09:15hrs. Claro que a culpa divide-se entre a organização, que deveria limitar-se a seguir uma fórmula já sem segredos ou novidades e que outras já fazem há muitos anos e entre os atletas, que à boa maneira portuguesa deixam tudo mesmo para a última.

Esteve uma manhã bonita mas muito fria.

O controlo de artigos indicados pela organização como obrigatórios, ficaram pelo regulamento, uma vez que ninguém controlou fosse o que fosse. Por isso e mesmo não se justificando, parti de corta-vento, que tirei e arrumei ainda antes da 1ª légua.

Cerca de 300 participantes partiram para as 2 vertentes de corrida, escoltados por pessoal do btt.

8Kms na 1ª hora, ainda sem grandes dificuldades a não ser o frio. 2ª hora e 14,5Kms e aqui fez-se a divisão. Senhoras e meninos para os 22Kms. Gajas e gajos para os 40! :-)

A temperatura e a altimetria começaram a subir. Montejunto tinha até aquele dia e segundo a organização, 644metros de altura. Mas o doido do meu silver chegou a marcar 651mts!! Conclui-se por isso que ontem, ajudado pelo vento norte, me elevei de facto!!

3ª hora e 22Kms. 4ª Hora e 29Kms. O ritmo continuava mais ou menos uniforme. Cheguei a pensar que despacharia a coisa em 5horas!! Mas às 5horas de prova ainda estava eu nos 36Kms ...

Para trás as dificuldades maiores a virem do vento gelado nas encostas e algumas subidas, como por alturas do Km 29. De resto e em questão da vertente técnica, admito que não considerei fácil, mas se calhar sou eu que subindo mal, desço ainda pior!!

Devo confessar que a gravidade aliada à falta de treino específico, me dão pânico quando enfrento descidas um pouco mais técnicas. O meu centro de gravidade também não ajuda e isso contribui para as dificuldades que tenho principalmente nas descidas técnicas.

Os postos de abastecimento estiveram no geral bem. Por volta dos 25Kms não havia água num deles, mas as minhas reservas deram e sobraram até ao abastecimento seguinte. Ao chegar a esse abastecimento, um concorrente ao deparar-se com a falta de água comentou " ...mais valia não dizerem que havia abastecimentos ..."! Comentei com ele que todos devemos estar preparados para eventualidades destas quando nos colocamos à partida duma prova de trail!! O rapaz devia pensar que estava na Corrida do Tejo!! Como é que alguém, apenas porque a organização informa que há abastecimentos, parte para uma prova de trail de 40 kms à espera que tudo lhe vá parar às mãos? E se ele saísse do trajecto e se perdesse, como faria?? Para além deste episódio mais cómico, os postos estiveram sempre tranquilos, com água, isotónico, fruta e marmelada. Quanto baste portanto!

As marcações estiveram quanto a mim boas, pois nas ocasiões em que andei isolado, nunca senti dificuldade em seguir o percurso. Li depois que terá havido problemas neste aspecto, mas que terá afectado apenas o pessoal que ia mais à frente. Eles que não andassem tão depressa!!

De resto na 2ª metade da prova, sensivelmente depois da divisão entre 22 e 44Kms o pessoal do btt desapareceu de vista. Deviam ser só meninos e foi tudo para os 22Kms!!

Senti-me sempre bem fisicamente e graças à lição de Sesimbra, penso que consegui gerir o esforço perante a minha fraca preparação na altura, agravada pelos 87Kgs com que me apresentei à partida(!!).

É prova a repetir, caso aconteça a 2ª edição.

Tem uma distância acessível, está perto de casa e decorre num local espectacular.

Aqui fica o registo do meu 1º Trail de Montejunto.


sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

39ª Meia da Nazaré ou Cadê o pires??

(com o atraso que já se tornou imagem de marca deste Blog, publico hoje a história da minha participação na última edição da Meia Maratona da Nazaré, a 39º, que aconteceu no passado dia 11 de Novembro)



Desta vez atrasei-me! Levantei-me 45' depois do que tinha planeado, pelo que a habitual e (muito) calma rotina das manhãs de festa - leia-se corrida, foi alterada.

Com um relativo stress, cheguei à Nazaré às 08:10hrs. A partir daí e uma vez recuperado o tempo perdido, retomei aquela que nos últimos 3 anos tem sido a sequência normal das minhas visitas às Mães.

Iniciei a 1ª fase do dia: "As Apresentações" e desci a rua para ir cumprimentar o mar. Imenso, selvagem e sempre agitado, lá estava ele, sempre no mesmo local mas sempre diferente. Dei um pequeno passeio na marginal e disse para com os meus botões: "estou cá outra vez!!"




Cheguei ao largo onde passado um par de horas, milhares de almas terminariam outros tanto milhares de desafios, todos eles particulares. Subi em direcção à 2ª etapa da visita: A pastelaria Arcádia.


E lá a encontrei, discreta como a conheci em 2010, quando pela 1ª vez tive a sorte de ali entrar. Meia dúzia de mesas, 2 ocupadas e dentro do balcão a azáfama das 2 empregadas a arrumar tabuleiros trazidos directamente da fábrica. " Um pão de deus e um café escaldado ", foi o pedido de pronto atendido e seguiram-se breves momentos de prazer e pura gula! Foi mesmo um momento breve, porque logo logo acabou e vi-me a lamber os dedos, envergonhado. Arranco para a 3ª etapa.

São quase 08:30 e dirijo-me rua acima, ao pavilhão para levantamento dos dorsais. Aqui, sem história para além de estar a entrar novamente naquele velho pavilhão, mesmo a cheirar a bafio, obtenho o tão desejado dorsal, este ano o nº 399. Aqui concluiu a 1ª fase e dirijo-me em passo forçado para o carro, para arrancar para a 2ª.

Prendo o dorsal na t-shirt que irei usar na prova e junto o chip de modo a não me esquecer de nada dali a 2horas. Dispo o fato de treino, pego numa garrafa de água e arranco para a 2ª fase do programa: "O Aquecimento". Este ano, lembrei-me de variar uma vez mais o percurso e escolhi o Norte, como destino para o aquecimento. O plano era começar por visitar a 'vedeta' Praia Norte, se possível ver reflexos do 'canhão', se possível cumprimentar mesmo que de longe o Garrett e depois seguir sempre paralelo à costa, para Norte, em local que pelo Google Earth me pareceu bom.

O começo é sempre a subir, até às imediações do Sítio. Encontrei a Praia Norte, mas foi só isso. Se há 'canhão' ainda estaria a dormir e a dormir estaria, muito possivelmente, o Garrett, porque a praia essa estava completamente deserta de vedetas e ondas.

Não que não merecesse, como mereceu, o registo para memória futura e claro, partilhar convosco mais umas imagens bonitas daquele local.




Para norte uma série de dunas, que sigo maravilhado com a beleza e qualidade do local em termos de piso e paisagem. Passados alguns kms no entanto, começo a sentir reflexos da exigência de correr em areia solta. Ando no meio de pinhal com muita areia e caruma. Subo para oeste à procura de piso mais rijo e começo a encontrar estradão em terra, que atravessa o Parque Aeólico de Nª Senhora da Vitória.





Ando mais algum tempo e por volta da 1ª hora de viagem decido começar o retorno à vila. Corro agora numa ciclovia em direcção à Nazaré e cruzo-me com alguns ciclistas de fim de semana.



Chego à vila pouco depois das 10:30. Andei cerca de 01:20hrs e estava vencido e convencido com este novo trajecto agora descoberto, mas sentia as pernas algo pesadas. É sem dúvida uma zona excelente para correr. Quem me dera ter algo assim perto de mim. Terreno acidentado q.b., mole e com um cenário 6*.

Aqui fica, para os mais interessados e curiosos, o 'aquecimento' a que chamei de 'Praia Norte':

Calmamente hidratei-me, comi fruta, mudei de roupa e em 15' estava pronto para a 3ª fase do dia: "A prova". Peguei numa mão cheia de figos e comecei a descer a rua, que me levou até à marginal e à zona da partida.

Faltam cerca de 5' para a dita, apenas o tempo necessário para acabar os figos e apertar os sapatos.

Por toda aquela zona ecoa a aparelhagem sonora e barulhenta com o chamado animador a falar e a insistir na incontornável onda. Lá à frente este ano a nossa Rosa Mota está acompanhada pelo Garrett. Tem que se aceitar porque na realidade o homem até tem feito um serviço à Vila da Nazaré. Poucos instantes depois dá-se a partida para mais uma Meia da Nazaré.

É mais um ano para as minhas contas. É mais um ano em que tenho a felicidade de poder alinhar naquele final de pelotão que compacto avança lentamente e lentamente se dispersa pela longa marginal. É a rainha das minhas provas de estrada e estou novamente a participar nela.

Percorro uns 250mts a passo antes de começar a correr em passo pequenino. Gradualmente vou avançando e a conseguir realmente correr.

A volta à Nazaré é sempre animada. O pessoal vai cheio de força e a animação é muita. É a festa!

Quando passo pela meta, com cerca de 4Kms de prova, já vou a sentir as pernas e a sentir que não estão a responder como era desejável para aquela altura. Apesar disso mantenho o ritmo de 5'/Km. Saio da Vila e dá para perceber que as pernas não estão para grandes voos. Mudo para um ritmo mais calmo e 'viável' face às condições em que me sentia e sobretudo, com muito respeito pela 'Mãe'!!

Passo os 10Kms acima dos 52'. Sinto-me com falta de energia.

Os abastecimentos continuam na mesma como sempre na Nazaré, simples. Água e esponjas. Ali não há mimos para ninguém!!

Pouco antes do retorno, cruzo-me com o Fernando Andrade e cumprimento-o. Ele vai bem, sempre no ritmo constante que é o dele. Gostava de o conseguir agarrar mas acho que não vou conseguir!!

Faço o retorno e faltam agora cerca de 8Kms. O vento é agora contra, mas este ano sopra fraco. Curiosamente começo a partir daqui a sentir maior disponibilidade física. Apenas o suficiente para afastar os fantasmas doutras edições passadas há muito, em que os Kms 17/18 cobravam os gastos acima das possibilidades. No abastecimento dos 15Kms sinto-me bem e as pernas parecem aguentar-se.

Segue-se aqui a parte nova do trajecto, que obriga a esforço suplementar para passar um viaduto. Estamos no Km18 e esta é a parte que custa mais, entre os 17 e os 20. Mas sinto-me bem e sinto que é 'apenas' uma questão de gerir e aguentar. Ao longe vislumbra-se já a zona do porto. Passo os 19Kms e ando novamente perto dos 5'/Km. Entro na recta final, na longa recta final, que se revela sempre um osso duro de roer. O piso em mau estado recorda-me a aterragem de há umas semanas atrás na Praça da Figueira e redobro os cuidados no andamento. Passo o abastecimento e os 20 Kms e falta 1Km para a meta. Vou em esforço, mas termino feliz mais uma edição da Meia da Nazaré.

Grande confusão à chegada, para o pessoal tirar o chip, receber o saco e abandonar o local. A distribuição de fruta e água está caótica. O pessoal empurra-se e aparecem os habituais alarves que sempre gostam de açambarcar e alambazar. Aceito uma água, ignoro a fila para a maçã, dou o chip e em troca recebo o habitual saco. Arranco de imediato daquela zona e estaciono junto a um banco, ali no largo, predisposto a fazer os alongamento e a recobrar forças.

Instintivamente enfio a mão no saco. O objectivo é alcançar um dos pontos mais fortes da minha participação na Meia da Nazaré: o habitual pires, com uma imagem alusiva à prova e à edição.

Desilusão!! Não há pires!!

Confesso que foi uma grande desilusão!! A habitual (e sempre gostosa) broa, a habitual (e desinteressante) t-shirt e a habitual (e também) desinteressante medalha estão lá. Mas falta aquilo que é o mais típico. Falta um símbolo da Meia da Nazaré!!

Que raio!! Se há, como se compreende e aceita, escassos meios para levar uma prova destas para a rua, quais as razões de gastar dinheiro em coisas que TODAS as outras provas dão e que o pessoal invariavelmente guarda a apanhar pó e cortar naquilo que é ÚNICO e TÍPICO da prova da Nazaré??

Aquele pires, apesar dos temas lá gravados serem de gosto discutível, era a imagem de marca que eu queria como único prémio para o meu esforço. Aquele Pires estava para a Meia da Nazaré como o Sino em barro está (ou estava) para a Corrida dos Sinos, ou a Medalha em Cortiça está para São Mamede. Não há limitação financeira que justifique isto!!

Tou chateado!!

Fiz cerca de 01:48', o que foi um bom resultado dadas as circunstâncias.

Gostei do processo de inscrição, eficaz! Gostei dos abastecimentos, simples e contidos como sempre.

Não gostei do saco final e da confusão na zona da chegada.

Mas a Nazaré tem um grande crédito, mesmo um crédito ilimitado e aquele ambiente faz esquecer o que de menos bom possa acontecer.

Continuarei a ir à Nazaré. Enquanto conseguir ir, é sinal que estou bem. Não contam os tempos ou outros aspectos organizativos. Conta a ida em si, o chegar, o cumprimentar o mar, o sítio, o passeio na marginal, o bolo na arcádia, o aquecimento e depois a prova em si, que acaba com importância relativa, comparando com tudo o que se passa antes e também depois.

Aqui ficam os números da minha participação na 39ª edição da Meia da Nazaré.