sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Pensamentos e Sensações

Ouvi-a e fiquei a pensar um pouco, ainda e apenas no mesmo, claro.

Há alturas em que dou comigo a pensar noutras coisas.

Partilho-a convosco, desejando que tenham um excelente fim de semana, aproveitando o possível desta Primavera antecipada.

Fiquem muito bem!

Aqui.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Correr ... Por quem não esqueci!! (O Relato) Cap. VI

… continuação


Ao cimo da rua lá estavam, à minha espera, o meu Filho Guilherme e a minha Companheira Dora. A gozarem com o meu aspecto, claro, embora continue sem perceber porquê. Se calhar a combinação de cores azul do gorro e do o amarelo do corta-vento, conjugado com o encarnado da minha cara suscite alguma troça. Não sei!! Não percebo bem porquê!







E aqui mais um facto digno de registo.
Assim que tive a confirmação que a meio caminho estaria lá alguém para me apoiar com abastecimentos e muda de roupa, passei os dias da semana passada a fazer um saco. Nele coloquei todos os abastecimentos para o regresso, incluindo um abastecimento especial para consumir lá, a meio caminho portanto, que ia ao pormenor de incluir uma cervejola para um 'petisco' especial e ainda, uma muda de roupa. Tinha também um carregador portátil, para dar um pouco de energia ao meu fiel ‘Silver’.

Mas ... devido à minha dificuldade em dialogar, especialmente com aqueles que me são mais próximos, não ficou claro que eu esperava ter aquele saco ali, naquele momento, ao fim de mais de 50 Kms de viagem e antes de encetar igual viagem de retorno.

Quando perguntei pelo saco, para começar por mudar de roupa, ficou tudo a olhar para mim …

Resultado: do Guilherme recebi uma long shirt, perfumadinha e mais importante, seca. Da Joana, que entretanto chegou, (atrasada como de costume ...) recebi um reforço de 300ml de água, que aliás bebi logo ali, tal era a sede que trazia.

Depois rumámos os 3 para um café ali perto, para almoçar. Os restantes abastecimentos teriam de ser arranjados pelo caminho.

Fiquei sem todos os abastecimentos que tão cuidadosamente preparara para o regresso e sem a carga adicional para o 'Silver'. Teria de me servir do que sobrara da 1ª parte e do que eu conseguiria arranjar no caminho para baixo.

Quando me preparava para descer a rua para o café, chega o meu Irmão e estivemos + uns minutos a conversar e agora com mais quórum, o gozo com o meu aspecto a aumentar!!

Estive parado cerca de 01:15 hrs. Aqui mais uma asneira. Embora o tempo fosse ali o que menos importava, estar 01:15 hrs parado, no meio de um esforço tão grande, foi errado porque me tirou completamente o ritmo que eu trazia.

Custou-me por isso o arranque para a viagem de regresso. Foi sem dúvida o período mais difícil da minha jornada, aqueles 10 kms entre os 50 e os 60 Kms. Se alguma vez tive algumas dúvidas de conseguir terminar a jornada, foi naqueles cerca de 10 kms no arranque de regresso. O corpo, após aquele repouso, reclamava e as pernas pareceram-me cansadas.

Aqui jogou a meu favor o período do dia com melhor temperatura. O sol aquela hora já aquecia, não só o corpo. Como o reinício é a subir, o recomeço foi feito em marcha e assim, lentamente retomei o ritmo e o corpo retomou a actividade.

Passados os 1ºs 10Kms do recomeço, o período até às 16/17 horas, por volta do 80º Km foi provavelmente o melhor período da tarde. O sol aquecia-me, o corpo respondia favoravelmente e a moral só podia estar em alta.


Estes também se riram da m/figura ...


Um exemplar da quase extinta linha do Oeste.



Na 1ª parte da viagem bebi cerca de 1lt de água. Agora, no regresso, bebi quase 4lts.

Cada vez ia mais espantado por não sentir grande quebra a nível físico. Desde o início que me portei muito bem no aspecto táctico e penso que religiosamente fiz todas as subidas em marcha.

Parei duas vezes para fazer compras. Na 1ª, já algo preocupado pelo calor e por estar sem água, comprei 1,5lts de água, 1 coca-cola e 2 tangerinas. Na 2ª vez, já em Ponte de Lousa (acho eu ...) apenas para comprar + 1,5lts de água. Vinha com a ideia duma sopa, mas não consegui encontrar e a ideia esfumou-se.

Por volta do Km 80º a temperatura começa a descer e fiz mais uma paragem para vestir de novo o corta-vento, enviar as luvas e o gorro. Aproveitei para comer as tais 2 tangerinas que tinha comprado na m/penúltima paragem. Nunca tangerinas me souberam tão bem quanto estas!!

Era altura duma ‘parede’ ali para o Vale A-dos-Cravos, um pouco antes de Caneças, que obviamente fiz a passo, com fotos e petiscos à mistura.





Depois veio a noite.

Entre a zona de Casal de Cambra e Carenque foi certamente a zona que mais me custou fazer. Não pelo percurso em si, que é praticamente sempre a descer nos últimos 20 Kms do trajecto, mas pelo desenho da estrada, pelo volume de tráfego, já em hora de ponta e pela quase inexistência de bermas.

Foi um período muito complicado e em que alguma ½ dúzia de vezes receei um acidente.

A Estrada das Águas Livres foi um osso duro de roer. Até chegar a Queluz, cerca de 10 Kms, foram feitos sempre a correr e sempre com receio. A iluminação é escassa ou inexistente, as curvas são muitas e os carros nem sequer tinham tempo para me ver. Assim que passava um carro, entrava um pouco mais na faixa para que os carros me pudessem ver o mais cedo possível. Depois fugia positivamente para a valeta, porque era o espaço disponível quando por acaso se cruzavam dois carros simultaneamente.

Finalmente estava em Queluz e a cerca de 7 Kms de casa.

O fiel ‘Silver’ aqui ficou-se sem bateria. Liguei-o às 05:30 e durou até às 19:30. Não me posso queixar!!

Pelo local em que aproximadamente fiquei sem GPS, calculo que estivesse a cerca de 4/5 Kms de casa. Como a hora rondava as 19:40 e como cheguei a casa às 20:05, tal dá para concluir, sem grande margem de erro, que terei feito qq coisa a rondar os 102/103 Kms, em qualquer coisa que terá ficado a rondar as 12:30hrs.

Nunca pensei que conseguiria um dia fazer uma jornada assim e terminar em condições tão satisfatórias.

Para trás fica uma preparação algo conturbada, mas com alguns registos dignos de nota.

A começar na São Silvestre de Monsanto, em que fiz um treino muito bom, depois veio o UTAN, em que durante 10 horas e ao longo de 50 Kms me misturei (às vezes) com os 'tarahumaras' Serrazinas e tive o prazer e mesmo a honra de correr ao lado de pessoas (*) tão boas, depois vieram um par de treinos solitários em Monsanto. Treinos madrugadores, longos e difíceis, para habituar o corpo às condições expectáveis para a minha jornada. Esta série de treinos específicos para o objectivo conclui-se no treino que fiz em Sintra, no trajecto do GP Fim da Europa, em que fiz 29 Kms sempre muito calmos.

Assim por alto foi esta a base do meu treino para esta viagem da passada sexta-feira. Fica provado que não há Planos de Treino especiais. Há objectivos especiais. Há incentivos especiais. O que me levou a fazer esta viagem foi o incentivo que eu precisava e quando isso acontece não há Planos de Treino!!

Já comecei a planear a minha 2ª viagem, a que farei em 03-FEV-2013.

Nessa viagem:

Vou assegurar-me que consigo ter no destino novamente a presença da minha Família!!
Vou assegurar-me que volto a ter do meu lado o inexcedível Jorge Branco, com as suas 'injecções' virtuais de adrenalina. Terá sido meio caminho para o sucesso da minha jornada a colaboração que sem contar recebi deste Amigo!!
Vou assegurar-me que não vou usar equipamento novo!!
Vou assegurar-me que terei o saco com comida e roupa seca a meio caminho!!
Vou assegurar-me que irei treinar exactamente do mesmo modo como treinei agora, pois este plano provou!!
Vou tentar voltar a fazer um estágio em altura, com os ‘tarahumaras’ Serrazinas!!
Vou assegurar-me que tentarei sair 1 hora + cedo para evitar ao máximo passar em Carenque em plena hora de ponta outra vez!!

Finalmente

Vou assegurar-me que o objectivo daqui a 1 ano seja o mesmo, ou seja, apenas e só Correr ... Por quem não esqueci !!




(*) O aplicação do termo é propositado, assim como propositada é a troca com o termo atleta. Aquilo é pessoal que antes de serem grandes atletas são grandes pessoas. Porque uma coisa não quer obrigatoriamente dizer a outra. São grandes companheiros aqueles que eu conheci em Ribafria aqui há uns dias. Foi um prazer que gostaria de reeditar.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Correr ... Por quem não esqueci!! (O Relato) Cap. V

... continuação

Começou às 05:40 esta jornada, que agora, cerca de 72 horas decorridas, sinto que me tornou mais completo.

Esta m/viagem preencheu de certo modo alguma da enorme angústia que fica quando se perde alguém e se sabe que não se fez o suficiente, em tempo útil, para demonstrar o que realmente sentimos cá dentro.

Quando damos por essa falha geralmente já é tarde demais e depois fica aquela dor e a angústia de não podermos fazer nada para emendar, mesmo que pouco, essa falha.

Sempre comuniquei pouco. É capaz de ser defeito ou feitio. É capaz de ser de infância. Sempre fui bastante fechado comigo e com os sentimentos, que raramente deixo sair fora da armadura que crio à minha volta. Na passada sexta-feira abri a ‘armadura’ q.b..

Tudo ficou preparado de véspera. Roupa pronta e dispositivos com as respectivas baterias carregadas. Telemóvel, 'Silver' Garmin, MP3, Máquina de Fotos e NDrive. No dia, teria apenas de fazer as sandes e descascar fruta para o abastecimento reforçado que planeara para meio caminho.

Levantei-me às 04:00. Seguiram-se as rotinas dos dias especiais. Por volta das 05:00 um prato de nestum. Seguiu-se-lhe a equipagem, com especial atenção aos pontos mais sensíveis ao atrito, mamilos, virilhas e dedos dos pés, profusamente envolvidos em vaselina. Às 05:30 estava a sair de casa e às 05:40 a jornada teve início.

A temperatura era baixa. Estávamos afinal no dia mais frio do ano.

Iniciei em regime de marcha forçada e fiz os primeiros 2 Kms neste modo. Ao longo das cerca de 15 horas da m/jornada evitei ao máximo pensar em tempos e em médias. A viagem era para ser feita, fosse em 12 ou em 24 horas. Era essa a única preocupação: Fazê-la!

Alguém me relembrara, dias antes: “ as subidas são para ser feitas a andar” (Luís ‘Tigre’ Miguel). Este recado acompanhou-me durante todo o dia. Cada vez que via uma subida, passava a regime de passo forçado. Aproveitava para hidratar, responder aos SMS do Jorge Branco e de vez em quando a mastigar qualquer coisa. Cada vez que passava uma localidade, aproveitava igualmente para registar, para mais tarde recordar!

E ainda há placas pintadas em azulejo!!





Esta parte inicial era uma das partes que eu mais temia. Era sair para a rua a horas impensáveis para ir correr. Estava escuro e frio. E eu estava ali, no meio da estrada, (quase) sózinho. Havia alguém que me acompanhava.

Acabou por não custar assim tanto. Apenas comecei a correr por volta do 2º Km. O trânsito era escasso e os Kms passavam-se calmamente.

As primeiras 2 horas foram feitas a 8Kms/Hora. Estava a portar-me bem. O sol começava a levantar-se e a mostrar um dia que seria muito bonito.





Por volta das 02:30 hrs de percurso parei para tomar o 2º pequeno-almoço. Soube-me muito bem. Meia de leite, 1 queque e 1 café.

Segui caminho, para logo à frente complementar com uma sandes mista caseira.

No farnel, nesta 1ª metade do percurso, ia: 1 Barra / 1 Gel energéticos, 2 Bananas, 1 Sandes Mista, 1 Pacote Polpa 100% Fruta (do Alex… ), 1 dose de amendoins salgados / de cajú salgado / de sultanas, 1/2 pacote de chipmix, 1 lt de água, 2 porções do bolo energético.

A 1ª parte, até aos 16 Kms era a mais exigente em termos de subidas. Depois começou o carrossel de subidas e descidas e o passo, mesmo que involuntariamente, aumentou um pouco, para a casa dos 9 kms / hora. O trajecto tem muita subida e descida mas é na sua grande maioria tudo ligeiro.

Mesmo depois do sol nascer o frio fazia-se sentir.

O meu equipamento para a viagem foi: 1 gorro de malha, 1 luvas de malha, 1 T-Shirt, 2 Polares, 1 Corta-Vento, 1 Colete Reflector, 1 Bidon com cinto à Tiracolo, 1 Bolsa Tiracolo, 1 Mochila, 1 Led na Mochila, 1 fita reflectora na Mochila, 1 Calções, 1 Meias e os GT-2150.

Optei por levar calções unicamente por razões práticas. Comecei-me a imaginar a ter vontade de encostar, para ir ao WC, alguma dúzia de vezes com aquela água toda que iria beber e a ter de tirar aquela panóplia de artigos para conseguir tirar as calças. Com os calções, como bem me entenderão, as coisas ficam mais acessíveis (…).

Claro que há o reverso da questão, e esse residiu no facto de ter ido para a rua, com aquele frio, de calções. De vez em quando olhava para as pernas e via-as encarnadas (...). Claro que a pessoa abstrai-se e continua, sem ligar. Só muito mais tarde, quando já em casa me meti debaixo do chuveiro, é que me apercebi dum ardor em reacção à água quente a cair, principalmente na coxa esquerda. Tinha as coxas queimadas, do frio que apanharam na viagem!! A esquerda estava em pior estado porque o lado esqº foi o que andou sempre mais perto da berma e exposto ao frio que vinha, principalmente do lado esquerdo.

Consegui passar as piores partes do percurso, em questão de trânsito, antes da hora de ponta e por isso o percurso para lá, correu de modo pacífico. Em cada subida petiscava e hidratava. O físico não reflectia qualquer tipo de cansaço. Sentia-me muito bem.

Outra questão que me levantou algumas dúvidas foi a falta de conhecimento do trajecto. Em 2 fins-de-semana anteriores fizera o reconhecimento até cerca dos 30 Kms, mas os últimos 20 Kms eram completamente desconhecidos. Olhar para um mapa no GoogleMaps, GPSIES ou Garmin é diferente do que estar no local, ver subidas, descidas, cruzamentos, curvas sem bermas, etc, etc. Mas também aqui esses temores se revelaram infundados, pois nunca andei realmente perdido e se alguma vez me desviei do percurso traçado, foi engano desprezível em termos de distância.

A cerca de 10 Kms no final da 1ª parte comecei a sentir um dedo do meu pé esquerdo. Aqui outro facto digno de ser registado, para futuras situações. A 3 dias da minha demanda, encontrei na SportZone umas meias de compressão. Era um artigo que há algum tempo ambicionava experimentar e não resisti, logo nesse dia, terça-feira passada portanto, as experimentei, no último treino antes da viagem de sexta. Comecei a pensar levá-las na viagem. Apesar de tudo o que já aprendi e que os outros me ensinaram, acerca do equipamento a levar ou especialmente a não levar, acerca dos repetidos conselhos para não se estrear nada em dias de eventos especiais, meteu-se aquela na cabeça e pronto. Ainda as lavei, na tentativa de lhes dar algum uso, pelo simples facto de as lavar num programa leve. Claro que esta m/experiência tinha de dar mau resultado.

A 10 Kms de atingir a 1ª metade da viagem começo assim a sentir o dedo, que foi assim até ao final. Valeu o ‘banho’ de vaselina à partida, às 05:00 quando me calcei e que repeti agora, a meio caminho, porque felizmente levei comigo um tubo de vaselina. Descalcei-me, comprovei a existência duma bolha, coloquei mais uma extra dose de vaselina e voltei a calçar-me. A bolha, de facto, só voltou a dar sinal já perto do final, a cerca de 30’ de casa. Do mal o menos e podia ter corrido bem pior.

Estávamos perto das 12:00 hrs, perto dos 50 Kms e perto do meu destino.

Pelo caminho mais de 6 horas para pensar. Muito bom. Muito bom!!

Cheguei ao destino eram 12:16 hrs e tinha cerca de 51 Kms feitos. Enquanto subia a última rua, antes de chegar ao meu destino, sentia-me feliz. O meu sonho de há uns meses estava prestes a ser concretizado.






Continua ...

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Correr ... Por quem não esqueci!! (A Viagem) Cap. IV

... continuação

Passaram cerca de 24 horas sobre a hora da chegada e da conclusão da minha demanda.

Está tudo ainda muito fresco e num momento livre, apetece-me partilhar convosco possivelmente o factor mais importante para ter sido um verdadeiro sucesso esta minha viagem: ter deste lado um Amigo chamado JORGE BRANCO.

O objectivo da 'demanda' estava muito bem definido, muito antes da partida.

Há um ano que foi gradualmente ocupando mais tempo dos meus pensamentos. Foi esse objectivo que me ajudou nos momentos + difíceis antes e durante a viagem.

Mas acresce a esse incentivo, sem dúvida nenhuma, o facto de ter tido, nas cerca de 15 horas de viagem, alguém que deste lado sempre me acompanhou.

Levantei-me às 04:00 de acordo com o planeado, mas demorei-me um pouco mais nos últimos preparativos e acabei por conseguir iniciar a viagem apenas às 05:40, quando o plano era ter arrancado às 05:00.

Às 05:00 recebi o 1º SMS do JORGE BRANCO. "Boa Estrada" desejou-me ele. Logo ali fiquei muito admirado por alguém se levantar de propósito às 05:00 para me enviar um SMS.

Depois, ao longo da viagem, foram exactamente 16 SMS. Leram bem: 16. A viagem durou em termos absolutos cerca de 15 horas. Foram assim cerca de 1 SMS por cada hora de viagem.

Só quem já empreendeu jornadas deste tipo, de longa duração, poderá perceber a força que dá receber qualquer tipo de incentivo no seu decorrer.

Não é para todos poder ter esta sensação de bem longe, saber de alguém que connosco está empenhado em determinada tarefa.

Para mais numa viagem, com o carácter solitário da minha.

Mais do que a descrição da viagem, que poderá ficar para mais tarde, considero ser o mínimo que eu devo fazer, como forma de agradecer a ajuda que o JORGE me deu ontem.

Enviei-lhe 1 SMS ontem, à porta de casa ainda antes de fazer alguns alongamentos. Não sei se alguma vez irei conseguir retribuir-lhe este gesto.

Para já fica o meu Obrigado Jorge.

continua ...

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Correr ... Por quem não esqueci!! (De Partida) Cap. III

... continuação

O saco para o regresso está praticamente fechado.

Os abastecimentos estão alinhavados.

Ultimam-se os preparativos para a minha 'Quest'.

Vejo e revejo tudo o que me apercebo exija a m/atenção. Tenho montes de papéis na mochila que me acompanha diariamente. Uns que planeiam itens em repetido. Vou escrevendo sobre tudo onde quer que arranje um pouco de papel. Em casa, no comboio, no almoço, ando sp a olhar para o moleskine e para as notas que vou tomando.

Imagino a viagem, Km a Km, de 10 em 10 Km, a metade da viagem, os abastecimentos, o equipamento, o frio, o escuro dos 1ºs 20Kms, os sítios por onde passarei, os cães soltos, os sítios que não reconheci nas viagens parciais que fiz de bike na zona (não fiz o reconhecimento in loco dos últimos 20 Kms) e procuro antecipar qualquer eventualidade.

Na m/cabeça já tudo roda à volta desta 'aventura'. Gostava de a encarar estritamente como uma viagem de reflexão. De memórias. Afinal é para isso que corro, para não esquecer. Mas a componente física assume a sua real importância. Mesmo apoiado pelo telemóvel e com ajuda a cerca de 1 hora de distância, fazer 100Kms não é coisa que considere de ânimo leve.

A motivação está em alta e a consciência do que aí vem faz com que a cabeça neste momento só tenha 1 assunto. É nesse que estou agora concentrado na maior parte do tempo.

Esta noite acordei às 04:15. Eu sei que será pura coincidência, mas é precisamente essa a hora a que deverei acordar na próxima madrugada!!

A partida será às 05:00.

As 05:00 de dia 3-Fev alteraram o rumo de algumas vidas, a minha inclusive!!


Continua ...