segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Dia de Visita às Mães





Ontem foi dia de visita às Mães.

O planeamento cuidado + alguma sorte = em dia de sucesso!!

Levantei-me às 05:00!!

Foi cedo mas tinha de ser porque planeei, como já aconteceu no ano passado, fazer um treino longo de preparação para a Maratona de Lisboa e precisava por isso de mais tempo.

A Nazaré registou este domingo a sua 37ª Edição. Não sei quantas fiz e isso pouco importa. O que importa é poder aqui vir. O que importa é anualmente estar no frenesim que me acompanhou nos últimos 15 dias. O que importa é chegar a Valado e saber que estamos de volta, onde tudo começou há 25 anos. Nesse ano, em 1985, acompanhado pela minha Mãe (…), vim estrear-me nas corridas a pé e fi-lo por acaso, na Nazaré. Nunca mais a Nazaré foi a mesma para mim.

Cheguei ainda antes das 08:00. Após uma noite de trovoada, estava uma manhã bonita. Deu tempo para ir à Marginal ver o mar. Não vi a onda de 30 mts. O mar estava ‘flat’. Devem ter desligado o ‘Canhão’ …

Foi ao habitual café + bolo à Arcádia. É uma pastelaria pequenina, perto do local de levantamento de documentação e que tem fabrico próprio. Estão vocês a ver não estão? Foi um café escaldado e um pão de deus ainda morno. Aquilo caros, desfez-se na boca. Uma excelente maneira de começar o dia.

Um bocadinho à espera das 08:30, para que abrissem o Secretariado e recebo o dorsal. Este ano calhou-me o 261.

Passo acelerado para o carro e equipagem.

Eram quase 09:00 e estava prestes a iniciar o ‘aquecimento’. Planeei fazer 14K mas como arranquei mais cedo e não queria estar depois muito tempo parado, entre o ‘aquecimento’ e a Meia Maratona, decidi na altura fazer os 15K. A T-Shirt para a Meia ficou pronta, já com o dorsal e arranquei.

O planeamento era andar num ritmo de ‘longo’, o que para mim significa andar com os bpm abaixo dos 130 o que significa um ritmo a rondar os 06’:20” / 06’:30”/km.

Como este ano o traçado da Meia foi alterado, isso veio ajudar porque pude fazer o meu treino em caminhos rurais sempre junto ao Alcoa. Andei muito bem por isso, praticamente sem carros o que ajudou ao sucesso do treino. Consegui andar sempre no ritmo planeado e cheguei ao carro 15Kms depois, por volta das 10:40.

Faltavam 20’ para a Meia. Vesti roupa seca, hidratei, meti gel e uns figos secos.

Faltavam 10’ para a partida e desci calmamente a rua perpendicular à meta, a comer figos secos.

A recta da meta não apresentava a moldura impressionante doutros anos, mas é sempre uma visão extraordinária, com o público a apoiar quem se prepara para partir, tendo como pano de fundo o incontornável e belíssimo mar. A única coisa que eu alterava ali era mesmo o volume do som, que é talvez a única coisa que destoa ali.

Comecei a fazer um pequeno trote nos minutos que antecederam a partida, uma vez mais estava prestes a iniciar a Meia Maratona da Nazaré e por isso estava feliz.

A Rosa Mota foi a Madrinha, uma vez mais e uma vez mais a pistola sinalizadora falhou, pelo que a partida foi dada por um apito, que foi no entanto suficiente para colocar em movimento aquela massa de cerca de 1 250 atletas.

Para a Nazaré cansei-me de planear ritmos e cadências que invariavelmente a excitação de ir ali me impede de cumprir. Assim a única coisa que planeei foi fazer menos de 02:00hrs e fazer umas alterações de ritmo aos Kms 5º (04’26”), 10º (04’11”), 15º (04’10”), 19º (04’29”) e 20º (04’15”). E cumpri.

Partida muito calma, passo pelo totalista Aarons de Carvalho, volta à Nazaré, passagem na Marginal, sempre animada e vamos em direcção a Famalicão. A manhã continuava bonita e ao 5º Km o 1º esticão, na casa dos 04’:30”. Retomei o andamento calmo e estava tudo bem. Passo pelo Fernando Andrade, a correr sempre com um sorriso. A semana passada fez a Maratona do Porto e passados 7 dias ali ia. Que inveja a alegria que alguns espelham na sua corrida…

Perto do retorno começa a chover. Primeiro pouco e depois abate-se a chuvada, que não iria parar tão cedo. O José Magro andava por ali. Perto dos 16Kms apanho o Luís Parro e faço-lhe companhia durante uns Kms, até ao 19º, onde inicio novo esticão, agora até à meta, que alcancei com 01:58’. Fiz uma média de 05:33. Talvez acima do que seria desejável, mas se isto de vez em quando não seguir o coração então perde a graça …

No final era o grande dilúvio. A água cobria-me os sapatos. Retirei o chip e encaminhei-me para o carro numa corridinha de descontracção. Resguardado numa entrada de garagem, fiz os habituais alongamentos e terminou a 1ª parte da visita.

Faltava a 2ª parte, a visita à minha Mãe. Mãe só há uma, claro.

Sim porque a Nazaré é a Outra Mãe!

4 comentários:

  1. Grande Alex.
    Isso é que foi um dia bem preenchido, com Kms qb e mais uma presença na veteraníssima "Mãe".
    Quero agradecer-te a referência que me fazes no teu texto que, como sempre, nos prende a atenção até ao fim.
    6ª Feira cá estaremos para continuar essa carga visando Lisboa.
    Grande Abraço.
    FA

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  2. Parabéns, belo relato.
    Revejo-me em alguns parágrafos.
    Não sou da Nazaré(vivo em Sintra, mas sou de Torres Novas), e ainda sou maçarico nestas coisas das Corridas.
    Desde que ando nestas "brincadeiras" que faço questão de passar o fim de semana da meia em familia nesta bela localidade.
    A comida é boa, as gentes são simpáticas e a zona é magnifica (toda esta costa é repleta de paisagens maravilhosas). A vista do Sitio é única.
    Os bolos da Batel e os gelados da conchanata, já não são o que eram à 20 anos atrás, mas não deixam de ser uma "obrigação" para um goloso como eu :-).
    E a prova é unica, público como este só tem equivalencia nas fogueiras de Peniche ou na SS da Amadora.
    Obrigado pela Partilha e até dia 4Dez em Lisboa...será a minha primeira Maratona :-).
    Runabraços

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  3. Agradeço as V/palavras que muito honram este espaço que é também vosso! O Nuno deixou-me com água na boca agora e até à 38ª Edição da MMN, altura em que farei questão, de experimentar a Batel e compará-la com a Arcadia!! :-) Até sexta Fernando e até 04DEZ Nuno, altura em que até poderemos partilhar alguns Kms. Eu serei concerteza dos mais altos junto ao balão das 04:00, ao qual irei agarrado com unhas e dentes! Abraços

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