E lá fui eu, de visita às Mães.
Mais uma ida à Nazaré.
Tudo dentro do horário. O Alex Jr. a ajudar quando às 05:15 saltou para a minha cama. Foi o sinal. Dei-lhe o lugar, hoje até agradecido por me evitar outros percalços.
Saída às 06:00 em ponto e viagem calma.
A manhã esteve de chuveiros. Apanhei vários. Uns dentro do carro e outros directamente na cabeça!
Chegada às 07:40 e vou à volta já habitual, que começa por cumprimentar o mar.
Estava grande ontem o mar. Na marginal muitas poças e muita areia da praia. Nas portas taipais de protecção. Sinais mais que prováveis da força das últimas marés. A praia norte deveria estar com excelentes vistas, mas neste domingo já estava de plano traçado para outros rumos.
Concluído o passeio e deixados os respeitos ao mar, rumo em direcção à Arcádia e ao meu momento de abstracção.
Discreta e calma, como gosto dela, lá dentro a habitual azáfama dos inícios de dia, com o deambular entre a cozinha e o balcão, num terrivelmente sugestivo desfile de pedaços de céu à minha frente. Bolos, mais bolos. Tabuleiros carregados deles e eu a babar-me. Se eu pudesse ...
" ... 1 pão de deus e um café escaldado s.f.f." é o pedido habitual e que se repete com alguma impaciência. Mas o serviço é felizmente rápido e cravo sem complacência os incisivos naquele pedaço que se desfaz na boca, logo de seguida empurrado pelo golo de café, que podia ser delta, mas pronto, também não convém ser esquisito em demasia. Enquanto estou neste momento, os meus olhos cravam-se no tabuleiro dos queques e bolos de arroz. É a perdição!
"... por favor dê-me um queque ..." peço agora com a voz embargada pela vergonha de ter cedido à gula.
Saciado parto agora em direcção à Filarmónica, para o habitual compasso de espera pelas 08:30 para obter o dorsal.
É sempre a parte mais chata da manhã, mas prontos, com um pequeno ... atraso lá se abre a porta do velho edifício. Este ano calhou-me o 712.
Tenho que me apressar que as 09:00 estão quase aí. Chip nos sapatos de reserva e dorsal na t-shirt. Estou pronto para o aquecimento. Tenho 2 horas e cerca de 17 Kms de passeio de ida até a Valado dos Frades.
Já fizera esta versão do meu aquecimento em 2012, que agradara tanto pelos Kms como pelas vistas. Nesses tempos a vinda à Nazaré servia de preparação para a Maratona e daí nascer o 'aquecimento' como forma de prolongar e fazer aqui um treino longo. Depois a Maratona mudou-se para Outubro mas a tradição manteve-se.
O trajecto rodeia o imenso vale, num percurso agradável e calmo. Quase não se vê vivalma e a calma só é interrompida por um tractor que passa para os campos alagados.
Pelo caminho levo com 3 chuveiros, o que aliás não estranho porque a Nazaré no geral e esta volta ao Valado em particular estão associadas a muita chuva.
Esforcei-me por andar sempre junto ou acima dos 6'/Km, que é o meu ritmo de conforto. Mas estava algo preocupado com o facto de não recordar com exactidão a distância da volta e de recear chegar de novo à Nazaré para além das 11 hrs. Por isso a média que no final registei de 05:50"/Km até nem é má de todo.
Para o Valado as vistas são essencialmente campos de cultivo e árvores de fruto. No regresso o cenário passa a ser essencialmente zona de pinhal, o que enche as medidas.
Chego de novo à Nazaré, às 10:40 hrs e estão feitos cerca de 17 Kms, que souberam muito bem.
Dá tempo para tudo e o stress acalma.
Mudar de roupa, tratar dos pés com o reforço da incontornável vaselina, hidratação e calorias q.b.. São 10:55 quando estou de volta em direcção à marginal. Quando passo as cordas que delimitam a zona da partida, o speaker começa a contagem.
Estamos cá!! Pontualidade!! Ufa!!!
Estou na 40ª Edição da prova que foi o meu baptismo nas corridas à altura chamadas de "populares". Foi altura do movimento spiridon e tudo são memórias nesta altura quando me integro no carrossel e recupero o ritmo. Estarão ali, segundo ouvi algumas horas antes, cerca de 1500 participantes.
A volta à vila dá-me o prazer de ver a pequena grande Rosa Mota. Outra senhora. Não enjeito a oportunidade e ando ao seu lado talvez 1 Km. Não é para todos correr ao lado duma verdadeira campeã!!
Aqui e ali os chuveiros continuam, mas está uma bela manhã para correr na Nazaré.
Os abastecimentos são água e esponjas. É o habitual na Nazaré e nem é preciso mais nada, é o essencial.
A ideia principal é gozar o momento, mas é sempre difícil manter ritmos. Tem a ver com o meu feitio. Na Nazaré e na volta à Vila, com tanta gente à volta, ainda é mais difícil. A média que farei andará na casa dos 05:25", o que obviamente é bem acima do que seria desejável, mas de qualquer forma senti-me sempre bem e no retorno obriguei-me a andar com grupos com o ritmo que queria, como forma de não acelerar. Para o fim quis acelerar um pouco e os últimos 3 Kms fi-los a 05:21", 05:16" e 04:40", respectivamente.
O vento sopra contra, depois do retorno. Sinto-me bem e estou em constante controlo de passo. Determino que só depois dos 19 Kms poderei alargar o passo e é o que faço.
A longa marginal, interminável noutros tempos com outros ritmos, pareceu-me menos longa desta vez.
Corto a meta à vontade. Está feita mais uma Meia da Nazaré.
Tiro o chip e recebo o saco final. Ansioso apalpo e apercebo-me que se confirma: esta ano voltou o pratinho, já habitual na Nazaré e que infelizmente foi trocado por uma medalha muito pouco atractiva em 2013.
Faço os alongamentos, como é habitual num banco já fora da zona da meta.
Está terminada a visita à mãe das Meias. Falta agora a 2ª parte, a mais importante, a visita à minha Mãe.
Aí vou eu Mãe.
Até para o ano Nazaré!
O trajecto rodeia o imenso vale, num percurso agradável e calmo. Quase não se vê vivalma e a calma só é interrompida por um tractor que passa para os campos alagados.
Pelo caminho levo com 3 chuveiros, o que aliás não estranho porque a Nazaré no geral e esta volta ao Valado em particular estão associadas a muita chuva.
Esforcei-me por andar sempre junto ou acima dos 6'/Km, que é o meu ritmo de conforto. Mas estava algo preocupado com o facto de não recordar com exactidão a distância da volta e de recear chegar de novo à Nazaré para além das 11 hrs. Por isso a média que no final registei de 05:50"/Km até nem é má de todo.
Para o Valado as vistas são essencialmente campos de cultivo e árvores de fruto. No regresso o cenário passa a ser essencialmente zona de pinhal, o que enche as medidas.
Chego de novo à Nazaré, às 10:40 hrs e estão feitos cerca de 17 Kms, que souberam muito bem.
Dá tempo para tudo e o stress acalma.
Mudar de roupa, tratar dos pés com o reforço da incontornável vaselina, hidratação e calorias q.b.. São 10:55 quando estou de volta em direcção à marginal. Quando passo as cordas que delimitam a zona da partida, o speaker começa a contagem.
Estamos cá!! Pontualidade!! Ufa!!!
Estou na 40ª Edição da prova que foi o meu baptismo nas corridas à altura chamadas de "populares". Foi altura do movimento spiridon e tudo são memórias nesta altura quando me integro no carrossel e recupero o ritmo. Estarão ali, segundo ouvi algumas horas antes, cerca de 1500 participantes.
A volta à vila dá-me o prazer de ver a pequena grande Rosa Mota. Outra senhora. Não enjeito a oportunidade e ando ao seu lado talvez 1 Km. Não é para todos correr ao lado duma verdadeira campeã!!
Aqui e ali os chuveiros continuam, mas está uma bela manhã para correr na Nazaré.
Os abastecimentos são água e esponjas. É o habitual na Nazaré e nem é preciso mais nada, é o essencial.
A ideia principal é gozar o momento, mas é sempre difícil manter ritmos. Tem a ver com o meu feitio. Na Nazaré e na volta à Vila, com tanta gente à volta, ainda é mais difícil. A média que farei andará na casa dos 05:25", o que obviamente é bem acima do que seria desejável, mas de qualquer forma senti-me sempre bem e no retorno obriguei-me a andar com grupos com o ritmo que queria, como forma de não acelerar. Para o fim quis acelerar um pouco e os últimos 3 Kms fi-los a 05:21", 05:16" e 04:40", respectivamente.
O vento sopra contra, depois do retorno. Sinto-me bem e estou em constante controlo de passo. Determino que só depois dos 19 Kms poderei alargar o passo e é o que faço.
A longa marginal, interminável noutros tempos com outros ritmos, pareceu-me menos longa desta vez.
Corto a meta à vontade. Está feita mais uma Meia da Nazaré.
Tiro o chip e recebo o saco final. Ansioso apalpo e apercebo-me que se confirma: esta ano voltou o pratinho, já habitual na Nazaré e que infelizmente foi trocado por uma medalha muito pouco atractiva em 2013.
Faço os alongamentos, como é habitual num banco já fora da zona da meta.
Está terminada a visita à mãe das Meias. Falta agora a 2ª parte, a mais importante, a visita à minha Mãe.
Aí vou eu Mãe.
Até para o ano Nazaré!
Definitivamente tenho que fazer esta prova...é uma lacuna no meu "palmarés". Abraço e já agora parabéns (mais uma ;))
ResponderEliminarÉs novo e a Nazaré ainda vai durar muitos e bons anos. Tens tempo! Abraço
EliminarBonito texto duma bela manhã de corridas
ResponderEliminarUm abraço